Desktop foca na ocupação da rede construída e lucro tem salto de 460%
O provedor paulista de internet Desktop divulgou hoje, 14, o resultado do segundo trimestre, no qual teve lucro líquido de R$ 33 milhões, um salto de 460% em relação ao apurado no mesmo período de 2022. Segundo a companhia, a melhora se deu em razão da estratégia deste ano, de focar na ocupação da rede já instalada.
“Com uma rede de 54 mil km de fibra óptica própria, a Desktop conta com relevante estoque de portas livres, permitindo a Companhia focar apenas na penetração de portas existentes, visando otimização do retorno sobre capital”, justifica.
A empresa tem 4,2 milhões de casas aptas a assinar seus serviços (HPs), e expandiu em 21% este número nos últimos 12 meses. A quantidade de assinantes subiu 37% na comparação ano ano. Ao fim junho, era de 976 mil clientes. A rede de fibra se estende por 54 mil km, dos quais 10 mil de backbone e outros 44 mil de acesso FTTH.
O EBITDA ajusta (lucro antes de depreciações, amortizações, juros e impostos, e sem evento não recorrentes) da companhia aumentou 62%. Com isso, chegou a R$ 123 milhões. A margem EBITDA subiu de 42% um ano atrás para 50% agora. A receita líquida foi a R$ 247 milhões, depois de crescer 46% a.a..
Além de focar no crescimento orgânico neste ano, a Desktop também apresentou novos planos. A expectativa é que estes ajudem a reduzir o churn e que o uso de canais digitais atraiam mais clientes. No segundo trimestre, tais canais foram responsáveis por 38% das adições da companhia, contra 16% um ano antes.
Os investimentos da Desktop somaram R$ 151,41 milhões no trimestre, ou R$ 395 milhões no semestre, dos quais R$ 199 milhões foram destinados ao pagamento de parcelas de aquisições de ISPs; R$ 88 milhões foram para a instalação de novos clientes; e R$ 15 milhões em tecnologia para a “transformação digital” da companhia.