Desenvolvedores de games criam o 1º sindicato da Microsoft nos EUA
Funcionários de uma subsidiária da Microsoft decidiram, na terça-feira, 3, formar o primeiro sindicato trabalhista da empresa de software nos Estados Unidos.
O grupo é formado por 300 empregados da ZeniMax Media, empresa proprietária da desenvolvedora de videogames Bethesda, famosa por séries de jogos como “Doom”, “The Elder Scrolls”, “Quake” e “Fallout”.
O estúdio foi adquirido pela Microsoft em 2020, por US$ 7,5 bilhões, com o objetivo de incrementar o catálogo de jogos dos consoles Xbox.
Em junho do ano passado, a Microsoft disse que estava aberta para trabalhar com qualquer sindicato que desejasse organizar a sua força de trabalho.
Os empregados da ZeniMax, por sua vez, iniciaram a campanha de formação do sindicato em dezembro. Nas semanas seguintes, os trabalhadores votaram pela constituição da entidade sindical.
Inicialmente, o sindicato deve reivindicar “salários compatíveis com o valor que fornecemos”, oportunidades de crescimento dentro da empresa, transparência e espaço nas decisões sobre agendamento e carga de trabalho, conforme publicação compartilhado no Twitter.
Também se espera que a formação do sindicato vinculado ao setor de videogames contribua para equilibrar as relações de trabalho, uma vez que a indústria convive com diversos relatos de jornadas de trabalho exaustivas e episódios de assédio.
A Microsoft manteve a posição de neutralidade durante todo o processo que culminou na formação do sindicato.
AQUISIÇÕES
Em janeiro do ano passado, a Microsoft anunciou a aquisição da desenvolvedora Activision Blizzard por US$ 69,7 bilhões, o maior negócio da história do setor de videogames.
No entanto, a compra da desenvolvedora de “Call of Duty”, uma das franquias de games mais bem-sucedidas comercialmente em todo o mundo, tem sido questionada por órgãos reguladores antitruste. A Comissão Europeia, por exemplo, abriu uma investigação sobre o caso em novembro do ano passado, com a expectativa de ter uma decisão em março deste ano.
Antes do negócio com a dona do sistema operacional Windows, a Activision Blizzard estava envolvida em diversos escândalos de assédio e abuso sexual.