Dell defende regulação de IA sem especificidades
Para a Dell, os países devem avançar em legislações nacionais de Inteligência Artificial (IA), definindo critérios de transparência e confiabilidade da tecnologia. No entanto, a empresa defende que as eventuais regulamentações não engessem a inovação e não tenham foco em uma solução específica.
“Com certeza é preciso ter regulamentação. O país precisa decidir como a IA será transparente e confiável, além de estabelecer as prioridades e as áreas sensíveis de uso da tecnologia”, afirmou John Roese, diretor global de Tecnologia e IA da Dell Technologies, em encontro online com jornalistas da América Latina, nesta sexta-feira, 6.
Segundo Roese, a Dell espera que as futuras regulações latino-americanas de IA não sejam confusas, ao ponto de impactar “a eficiência da base industrial e atrasar o desenvolvimento de uma boa regulamentação”. Em síntese, sustentou que as leis de IA devem trazer disposições básicas a respeito da tecnologia.
“É muito importante que os reguladores entendam que não é possível regulamentar uma IA. Trata-se de ter uma regulamentação básica, definindo intenção e comportamento, e não sobre uma tecnologia específica, porque isso levará ao fracasso”, ressaltou o executivo.
Roese salientou que, embora os processos de regulamentação tenham avançado em alguns países da América Latina, a legislação “não pode criar algo que leve à defasagem”. “Quando a lei for aprovada, determinada tecnologia pode não ser mais usada”, pontuou.
IA em 2025
No encontro online com a imprensa, a Dell apresentou as suas previsões para o uso de IA em 2025. Segundo a companhia, no ano que vem, muitos projetos criados em provas de conceito (PoC, na sigla em inglês) devem passar pelas etapas de incubação e implementação, incrementando a aplicação da IA na atividade empresarial.
Além disso, a empresa aposta na combinação da IA com tecnologias emergentes, como computação quântica, borda inteligente, segurança “zero trust” e gêmeos digitais. Também deve avançar a incorporação da IA em computadores pessoais e em serviços de telecomunicações.