Huawei: Regulação de IA “não pode ser um fator restritivo”, defende Atilio Rulli

Vice-presidente de Relações Públicas da empresa na América Latina e Caribe destaca sandbox regulatório entre medidas que atenderiam o setor.
Atilio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe defende flexibilidade na regulação de IA | Foto: Divulgação
Atilio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe defende flexibilidade na regulação de IA | Foto: Divulgação

A Huawei, uma das maiores fabricantes de equipamentos para tecnologias da informação e comunicações (TICs), direciona atenção para soluções de Inteligência Artificial (IA), tema que protagonizou o Fórum Global de Banda Larga Móvel (MBBF) deste ano, realizado nesta quarta-feira, 30, e quinta-feira, 31, em Istambul, na Turquia. O evento, promovido pela empresa, com apoio da GSMA (associação internacional de operadoras) e a Iniciativa Global TD-LTE (GTI), ressalta o potencial da tecnologia e a oportunidade para operadoras, no momento em que também se discute a regulação no Brasil.

“A regulação é importante para ter pelo menos um norte, mas não pode ser um fator restritivo do uso da tecnologia”, defende Atilio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe, em conversa com a imprensa durante o evento.

Rulli destaca que a IA está em pleno funcionamento há anos no setor e o debate regulatório deve considerar tal aspecto. “A velocidade da regulação tem que ser, no mínimo, proporcional. Óbvio que a regulação nunca vai andar junto com a velocidade da evolução tecnológica, mas ela tem que ser paralela”, exemplifica.

O executivo defende a implementação de um sandbox regulatório, por ser um ambiente “flexível, mas com certo controle”. A preocupação do representante da Huawei visa garantir que o modelo de regulação de IA a ser implementado no Brasil não prejudique o desenvolvimento da tecnologia.

O debate sobre a regulação da IA no está sob a alçada do Congresso Nacional, com expectativa de análise de relatório em comissão especial ainda neste semestre.

IA móvel

O MBBF apresentou reflexões sobre os impactos da IA na rede móvel. Ao longo dos debates, os executivos da Huawei destacaram, entre outros pontos, as previsões de aumento do consumo de dados e a consequente necessidade de reforçar a capacidade das redes.

A expectativa é de que, até 2030, a maioria das pessoas tenha um agente de IA para auxiliar tarefas do dia a dia, o que provoca um processamento de dados 10 vezes maior que o atual.

A fabricante destaca o cenário de oportunidades para as operadoras, já que os dispositivos móveis proporcionam diversas aplicações, que podem ser potencializadas pelo 5.5G, ou 5G Advanced, que é uma nova geração, que proporciona melhor desempenho.

“O 5.5G é feito para melhorar a IA. Então, é 5.5G para [atender] a IA e também a IA para o 5.5G. Isso significa que a estrutura de rede é mais robusta para sustentar a inteligência artificial móvel, e a IA ajuda na robustez da rede em si, desde o planejamento de rede até a operação da rede, que são as duas partes mais complexas, que exige muita mão de obra, mas que com a inteligência artificial se torna mais eficiente”, resume Rulli. (saiba mais aqui).

A jornalista viajou a convite da Huawei

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Carolina Cruz

Repórter com trajetória em redações da Rede Globo e Grupo Cofina. Atualmente na cobertura de telecom nos Três Poderes, em Brasília, e da inovação, onde ela estiver.

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