Março fecha com déficit primário de R$ 1,5 bi para governo central
A semana começou com a divulgação do déficit primário do governo federal em março. Anunciado nesta segunda-feira, 29, pelo Tesouro Nacional, o déficit registrado chegou a R$ 1,5 bilhão. Analistas de mercado esperavam um superávit para o mês. Era o caso de um grupo de analistas ouvidos por uma pesquisa da agência Reuters que apontavam, ao contrário do divulgado hoje pelo Tesouro Nacional, um resultado positivo com superávit de R$ 1,5 bilhão no mês passado.
O resultado primário compreende as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social. Separadamente, as contas fecharam em março com superávit de R$ 20 bilhões do Tesouro Nacional, déficit de R$ 21,5 bilhões da Previdência Social e também déficit de R$ 17 milhões do Banco Central.
Uma das explicações para o déficit previdenciário, que teve o maior impacto nas contas do governo central no mês passado, está no aumento do número de beneficiários do serviço público. Segundo o Tesouro Nacional, esse contingente cresceu 3,2% entre janeiro de 2023 e janeiro deste ano. O órgão também observou o impacto nessa conta do crescimento real do salário mínimo no mesmo período.
Comparativo do déficit primário
Por outro lado, quando comparado ao mês de março de 2023, o déficit total do mês passado foi menor. Naquele período, o resultado primário do governo central chegou a um saldo negativo de R$ 7,1 bilhões. Ainda de acordo com o Tesouro Nacional, em relação ao mesmo mês do ano passado, a receita líquida teve um aumento de R$ 12,6 bilhões (8,3%), enquanto a despesa total cresceu R$ 6,8 bilhões (4,3%).
Já no acumulado do ano de 2024, as contas do governo central registraram superávit de R$ 19,4 bilhões, frente a um superávit de R$ 31,2 bilhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida apresentou um aumento real de R$ 44,9 bilhões (9,1%) e a despesa avançou R$ 58,2 bilhões (12,7%) entre janeiro de março deste ano, quando comparadas ao ao mesmo período de 2023.