CPQD desenvolve solução para levar internet a escolas que não têm energia elétrica
O CPQD anunciou, nesta terça-feira, 30, que desenvolveu uma solução capaz de prover conectividade a escolas públicas que não têm acesso à internet banda larga, tampouco energia elétrica. Ainda em fase de prova de conceito, a previsão é de que a plataforma chegue ao mercado neste ano.
O objetivo da solução é levar conectividade a cerca de 4.600 escolas ainda desprovidas de internet e eletricidade em todo o território nacional, informou o CPQD.
O projeto vem sendo conduzido com apoio de recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), do Ministério das Comunicações (MCom), e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Segundo o CPQD, a iniciativa prevê a implantação de uma infraestrutura de energia para alimentar os equipamentos de telecomunicações (como modems satelitais e roteadores de WiFi). A intenção é instalar um sistema individual de geração de energia elétrica com fonte intermitente (conhecida pela sigla SIGFI), por meio de painéis fotovoltaicos e de baterias para armazenamento da energia gerada.
O projeto também inclui o desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e gerência a distância da infraestrutura de acesso à internet nas escolas. O gerenciamento conta com recursos de Inteligência Artificial (IA).
“A principal inovação do projeto está no desenvolvimento de um algoritmo para monitoramento dos parâmetros essenciais das baterias, de modo a garantir a sua disponibilidade contínua e o fornecimento ininterrupto de energia elétrica para a infraestrutura de conectividade”, afirma, em nota, Aristides Ferreira, gerente de Soluções em Sistemas de Energia do CPQD.
A bateria tem autonomia para funcionamento por até três dias, mesmo sem sol. O sistema, além disso, gera comandos ou alarmes para que o operador possa corrigir, restabelecer ou otimizar o uso da solução remotamente, evitando o deslocamento de um técnico até o local para manutenção.
De acordo com o CPQD, o novo projeto de inclusão nasceu a partir de um piloto bem-sucedido implantado, no ano passado, em uma escola da comunidade indígena Yamado, em São Gabriel da Cachoeira (AM), a 850 quilômetros de Manaus. Na ocasião, o centro instalou um SIGFI com três painéis fotovoltaicos e baterias de chumbo-ácido para alimentar de energia o modem de conexão via satélite. (Com assessoria de imprensa)