Inflação foi 0,56% em outubro puxada de novo pela energia elétrica

De acordo com o IBGE, o índice é 0,12 ponto percentual acima da taxa de setembro; no ano, o IPCA acumula alta de 3,88%

Inflação foi 0,56% em outubro puxada de novo pela energia elétrica

 

Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,56%, 0,12 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de setembro (0,44%). A taxa foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa da inflação.

Todos os meses, o IBGE acompanha a evolução dos preços de nove grupos de serviços. Em outubro, a maior influência nos resultados ficou por conta de habitação, que subiu 1,49%, e alimentação e bebidas, com alta de 1,06%. Cada um impactou o IPCA em 0,23 p.p.

No grupo de produtos e serviços de habitação, mais uma vez, a energia elétrica residencial foi a que mais influenciou a alta. Houve um aumento de 4,74% nos preços com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 e, sozinha, a energia elétrica pressionou o resultado da inflação, com impacto de 0,20 p.p.

“Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$ 4,46”, destaca André Almeira, gerente do IPCA e INPC
Já no grupo de alimentação e bebidas, houve aumento de preços na alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. O IBGE aponta que o preço das carnes avançou 5,81%.

“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explica André. Foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.

A alimentação fora do domicílio teve aumento ainda maior, de 0,65%.

Dos grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas o de transporte teve queda, com taxa de -0,38%. A principal influência nesse grupo foi a baixa nos preços das passagens aéreas, com queda de -11,5%.

No ano, a inflação acumulada é de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%. (Com informações do IBGE)

 

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Redação DMI

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