Copom corta juros pela sexta vez. Selic vai a 10,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu hoje, 20, reduzir a taxa básica de juros, a Selic, 0,5%, é a sexta redução seguida. Nos EUA, o Fed manteve inalterada a taxa de juros.
BC corta juros básicos pela sexta vez. Crédito-Freepik
Crédito: Freepik

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu hoje, 20, reduzir a taxa básica de juros, a Selic 0,5%, conforme prometia o BC. A  Selic, que estava em 11,25% ao ano, para 10,75% ao ano. Esse é o sexto corte desde agosto do ano passado, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário.

Nos comunicados das últimas reuniões, o Copom tinha informado que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsto, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros. No entanto, existe a expectativa se a Selic vai ser reduzida apenas até a reunião de maio ou se os cortes continuarão até o segundo semestre.

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica iria realmente cair esse percentual. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 9% ao ano.

Inflação

Na ata da última reunião, em janeiro, o Copom constatou que a desaceleração da economia está diminuindo e confirmou a intenção de novos cortes de juros. O Banco Central também reforçou a importância de o governo continuar a perseguir as metas de melhoria das contas públicas para impedir um eventual repique da inflação.

O Copom avaliou que parte da incerteza observada nos mercados, com reflexo nas expectativas de inflação, está em torno da capacidade do governo de executar as medidas de receita e despesas compatíveis com o arcabouço fiscal.

Segundo o último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2024 subiu levemente, de 3,77% para 3,79%. Isso representa inflação dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Em fevereiro, puxado por educação e alimentos, o IPCA ficou em 0,83%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,5% em 12 meses, no teto da meta para 2024.

Juros EUA 

Nos Estados Unidos, por sua vez, nesta “super quarta”, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve os juros do país inalterados nesta quarta-feira (20), em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão foi unânime. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. A medida já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última reunião, em janeiro.

(com Agência Brasil).

 

Avatar photo

Redação DMI

Artigos: 1924