No agro, Vivo busca atuar como orquestradora de soluções

Operadora quer fazer do agro uma avenida de crescimento para a Telefónica Tech; conectividade é só o primeiro produto de um amplo portfólio para diversas necessidades de produtores rurais
Vivo quer se posicionar como orquestradora de soluções para o agro
Diego Aguiar, diretor de Operações da Telefónica Tech; braço de serviços de TI da Vivo quer avançar no agro

Diante da demanda crescente por conectividade no agro, a Vivo se estruturou para fornecer não só banda larga, mas também ferramentas digitais para uso no campo. Ao lado de parceiras, a empresa busca se posicionar como orquestradora de soluções para produtores rurais, diz Diego Aguiar, diretor de Operações da Telefónica Tech no Brasil – braço de serviços de TI da multinacional.

Segundo ele, a estratégia para avançar nesse mercado passa por trabalhar com muita proximidade aos clientes, ajustando as aplicações conforme as necessidades de cada propriedade rural.

“Estamos criando uma avenida de crescimento por meio da Telefónica Tech”, destacou, durante painel do evento AGROtic 2024, promovido pelo Tele.Síntese em parceria com a ESALQtec. “Trabalhamos em processo de cocriação, ouvindo o cliente, trazendo a demanda para dentro e entregando a solução mais adequada”, acrescentou.

Aguiar disse que, para atender ao agronegócio, a Vivo contratou profissionais com experiência no ramo, o que aumenta a eficiência dos serviços prestados – uma das queixas do setor é que muitas soluções não foram, de fato, projetadas para serem implementadas no campo.

De acordo com o diretor da Telefónica Tech, as equipes da unidade rodam, em média, 10 mil km por mês pelo País para entender as necessidades dos produtores rurais.

“É difícil dizer que há uma bala de prata como solução para o agro. Começa por ter opções de conectividade, mas também levar infra e ter todas as licenças ambientais necessárias, além de firmar parcerias que contribuam com o serviço. Assim, conseguimos trabalhar como orquestrador desse sistema”, explicou.

Nesse sentido, Aguiar destacou que a unidade de TI da operadora conta com “um pool” de fornecedores para diferentes ferramentas e componentes, como sensores, chipsets e softwares de acompanhamento climático.

“Não trabalhamos com um único provedor para cada sistema. Temos três ou quatro para levar ao cliente para montar a solução final”, afirmou. “Vamos criando esse ‘Lego’ de soluções mais adequadas juntos”, sintetizou o diretor.

Portfólio

Em outra palestra, Leandro Rebouças, gerente sênior de Internet das Coisas (IoT) da Vivo, ressaltou que a operadora compôs um portfólio amplo para atender ao agronegócio, desde tecnologias de rede (NB-IoT, LTE-M, 4G e 5G) a soluções para tarefas específicas, como rastreamento e gerenciamento de máquinas.

Inclusive, algumas ferramentas para o agro funcionam com veículos e equipamentos mais antigos, assegurou.

Leandro Rebouças, gerente sênior de IoT da Vivo
Leandro Rebouças, gerente sênior de IoT da Vivo

Ele também disse que a empresa também tem fornecido redes privativas móveis para a atividade rural.

“O setor de agro pode usar, em ambientes mais restritos ou fechados, uma rede privativa para levar uma conectividade constante com confiabilidade, para não ter nenhum tipo de contratempo. Ou seja, também é um ambiente para se comercializar esse produto”, afirmou Rebouças.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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