Consumidor pagará rombo de R$ 30,2 bi do setor elétrico

Em média, as contas de luz ficarão 3,4% mais caras. Consumidor do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste terá impacto de 4,65% nas tarifas.
Consumidor pagará rombo de R$ 30,2 bi do setor elétrico - Crédito: Freepik
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O consumidor arcará, em 2022, com déficit de R$ 30,219 bilhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A estimativa foi aprovada pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pode resultar em impacto médio de 3,39% na conta de luz dos consumidores de todo o país.

O efeito varia conforme as regiões. No Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste, o consumidor terá impacto de 4,65% nas tarifas. Para os consumidores do Norte e do Nordeste, o aumento será um pouco menor: 2,41%.
O resultado negativo de 2022 será 54,3% maior que o de 2021. No ano passado, a CDE registrou déficit de R$ 19,581 bilhões.

O déficit da CDE é resultado, em grande parte, dos subsídios criados por lei para incentivar a geração de energia por fontes renováveis, beneficiar famílias de baixa renda com descontos na conta de luz, cobrir despesas com o suprimento nos sistemas isolados, entre outras políticas públicas.

O custo de geração nos sistemas isolados, regiões onde não chega a energia mais barata das hidrelétricas, atingiu R$ 11,9 bilhões. O incentivo à fonte renovável, com desconto na tarifa de transmissão e distribuição, alcançou R$ 11,1 bilhões. Já a Tarifa Social teve o peso de R$ 5,4 bilhões.

Fim de bandeira

O repasse do déficit da CDE aos consumidores representa mais um componente das tarifas de energia em 2022. Algumas medidas recentes resultarão em tarifas mais baixas, como o fim das bandeiras tarifárias, que entrou em vigor no último dia 16 e representará redução de cerca de 20% na conta de luz.

Mesmo com o fim das bandeiras tarifárias, o consumidor arcaria com gastos extras em 2022 para cobrir os impactos financeiros da crise hídrica do ano passado. Para evitar um tarifaço neste ano, o governo editou medida provisória autorizando empréstimo de um pool de bancos públicos e privados para as distribuidoras de energia serem ressarcidas.

Em março, a Aneel aprovou empréstimo de R$ 10,5 bilhões. Apesar de reduzir a alta da tarifa neste ano, a operação de crédito resultará em tarifas mais altas para os consumidores a partir de 2023. Como de praxe, caberá aos consumidores pagar o empréstimo em parcelas ao longo dos próximos anos, por meio de encargos na conta de luz.

(com Agência Brasil)

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Redação DMI

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