Conselho da Oi aprova conversão de dívida em ações e recusa oferta de egípicio
A Oi divulgou ontem,1, à noite comunicado ao mercado informando que o seu Conselho de Administração aprovou a proposta que está sendo formulada pela diretoria, de converter parte de sua dívida externa, com os bondholders, em ações. O comunicado não diz, mas fontes da empresa informaram que também foi rejeitada a oferta do bilionário egípcio, Naguib Sawiris, por ser insuficiente, e também porque os acionistas controladores entendem que agora é o momento de primeiro reorganizar a companhia.
Conforme informações já publicadas, a concessionária trabalha com a hipótese de converter parte da dívida junto aos bondholders em ações. A sua dívida externa, no valor de R$ 33 bilhões, teria um deságio de 70%. Dos R$ 10 bilhões a serem pagos, a proposta da operadora é converter R$ 5 bilhões em ações e o restante, pagar em longo prazo.
Com os bancos comerciais brasileiro – os principais credores são os estatais BB e Caixa – a proposta é cortar a dívida um pouco menos do que a metade – de R$ 12,5 bilhões, para R$ 7,5 bilhões.
Conforme o jornal O Globo, na mesma reunião de ontem a consultoria contratada, Laplace, apresentou estudo com diferentes cenários ao pagamento dos bondholders, nos quais eles poderiam ficar, no final, com 32% a 60% do capital. A empresa estimou um potencial de valor econômico de R$ 28,779 bilhões, já com as mudanças na LGT.
Outras propostas
Conforme fontes, o Conselho da Oi não avaliou ontem qualquer outra proposta além dessas duas. O Fundo Elliot, que estaria estudando uma oferta de R$ 9,2 bilhões, não formalizou ainda a oferta. Já o fundo Cerberus, que pretende investir cerca de R$ 7 bilhões (US$ 2 bilhões) na operadora brasileira, entregou a sua oferta ao juiz Fernando Viana, da 7a Vara Empresarial do Rio de Janeiro.