Conselheiro defende antecipação da definição de faixas de 5G
Durante o painel sobre a tecnologia 5G, no Futurecom 2017, o conselheiro da Anatel, Igor de Freitas, defendeu que a agência antecipe a escolha de algumas faixas de frequência da 5G, seguindo o alinhamento mundial. Segundo ele, como a área técnica vem acompanhando de perto o debate sobre a alocação global de frequências para a próxima geração da telefonia móvel e como a próxima discussão no âmbito da UIT está marcada para 2019, seria interessante a antecipação, que não teria risco se debatida com a indústria e as prestadoras antes de levada à consulta pública.
Defensor de que a regulação não atrasa a adoção de novas tecnologias, o conselheiro entende que, além da questão ds frequências, a Anatel pode somar esforços com a indústria reduzindo alguns tributos, como a taxa de fiscalização a ser aplicada às antenas da 5G, que serão em número muito maior. Também chamou a atenção para a necessidade de se usar o poder de investimento de determinados grupos de usuários, a exemplo que fez, em nível mundial, a indústria automobilística e a de energia com operadoras e fabricantes de 5G. Como exemplo citou o setor do agronegócio, que poderia financiar desenvolvimento de aplicações e testes de campo no Centro-Oeste, por exemplo, o que demandaria uso de frequência única pelos operadores. O papel da Anatel estaria em facilitar o uso compartilhado da frequência e liberá-la.
Novos serviços
Em relação aos serviços já possíveis nas redes 4G e 4,5G, (nesta reduz-se a latência com muito mais velocidade), a tecnologia traz as seguintes novidades, de acordo com Marcos Scheffer, diretor da Ericsson: 1) massificação dos serviços de IoT, que já podem ser feitos nas redes 4G; 2) desenvolvimento de serviços de IoT de missão crítica, como controle remoto de maquinário pesado, carros conectados, automação industrial; e 3) evolução da banda larga, com menos sites suportando mais tráfego de vídeo.
Para Wilson Cardoso, diretor de Tecnologia da Nokia, a grande vantagem da tecnologia 5G é que, por reduzir a latência a menos de 1 milissegundo e aumentar a velocidade para a casa do gigabit por segundo, permite tirar de dentro do smartphone a memória e o processamento, que vão para a nuvem. “O preço do smartphone de ponta vai cair de mais de US$ 1 mil para dezenas de dólares ou alguns dólares”, disse ele. “Por isso, a 5G não é mais um G. “