Congresso aprova recomposição do FNDCT

De autoria do Executivo, PLN destina R$ 4,18 bilhões ao fundo. Nesta semana, MCTI divulgou redução do custo dos empréstimos.

 

Congresso aprova recomposição do FNDCT
Plenário aprova recomposição ao FNDCT (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira, 26, o projeto de lei que recompõe integralmente o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O texto suplementa R$ 4,18 bilhões, que haviam sido vetados do orçamento

Nesta semana, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) divulgou uma redução do custo dos empréstimos com recursos do FNDCT (saiba mais abaixo).

Em nota, o MCTI afirma que os “recursos serão investidos em projetos estruturantes nas áreas de reindustrialização, saúde, transição energética e transformação digital que tenham impacto no desenvolvimento nacional”.

Veto

O valor correspondente à reposição foi objeto de veto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023 por conta de estar em desacordo com percentuais exigidos em lei para operações reembolsáveis e não reembolsáveis. 

Os recursos do FNDCT não reembolsáveis são voltados para “financiamentos de projetos de ICTs, projetos de cooperação entre ICTs e empresas, projetos de subvenção econômica para empresas, equalização de encargos financeiros nas operações de crédito e programas desenvolvidos por organizações sociais que mantenham contrato de gestão com o MCTI e que promovam e incentivem a realização de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação”.

Já os valores reembolsáveis são destinados a projetos de desenvolvimento tecnológico de empresas, sob a forma de empréstimo. Por lei, os recursos do FNDCT não podem ser contingenciados. 

Por lei, no mínimo 50% da arrecadação estimada para o exercício do FNDCT deve ir para despesas discricionárias, o que inclui as ações não reembolsáveis, enquanto que as atividades que incluem ação de financiamento a empresas  recebe os até 50% restantes.

Uma emenda aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado pretendia reduzir o percentual de empréstimos por meio do FNDCT para ampliar o uso na modalidade não reembolsável, o que foi visto como irregular pelo Executivo.

Empréstimos

Na segunda-feira (24), o presidente Lula sancionou a lei que reduz o custo dos empréstimos do FNDCT. Ao definir a Taxa Referencial como indexador nas operações da Finep com recursos do FNDCT, a Lei 14.554 reduziu para os juros dos empréstimos para 2% ao ano. 

A expectativa da ministra Luciana Santos é que a medida provoque um forte aumento da demanda por crédito. Ela lembra que o volume de recursos liberados pela Finep em operações de crédito até 14 de abril ultrapassou R$ 1,1 bilhão – mais do que o dobro do valor desembolsado no mesmo período de 2022. “Com a mudança para a TR, a demanda deve aumentar ainda mais”, disse a ministra.

*Com informações do MCTI

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Da Redação

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