Compra de fatia da Oi Móvel vai acrescentar até R$ 1,5 bilhão ao EBITDA da Claro

Adição de clientes e receita gerada pela fatia comprada na Oi Móvel terá reflexo positivo direto no lucro antes de impostos, juros e depreciações (EBITDA), do ano, informou executivo da controladora da Claro Brasil

A Claro Brasil deverá ter um incremento de até R$ 1,5 bilhão no EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações, juros e amortizações) neste ano em razão da aquisição de fatia da Oi Móvel.

Ao participar de conferência de resultados com analistas de mercado nesta manhã, Daniel Hajj, CEO da América Móvil, controladora da Claro, informou que espera acrescentar ao EBITDA entre 70% e 75% das receitas de aproximadamente R$ 2 bilhões anuais do ativo comprado da Oi Móvel.

O executivo comentou os números de clientes que a Claro vai receber da Oi, de forma conservadora. Disse que serão cerca de 12 milhões de usuários, sendo mais de 4 milhões no pós-pago e 8 milhões no pré-pago. Pelo acordo original, porém, a companhia deverá ficar com 32% dos assinantes móveis da Oi, o que significa 13,44 milhões – com base nos números da Anatel do começo deste ano.

Hajj afirmou também que haverá altas sinergias a serem colhidas nos próximos anos, mas preferiu não entrar em detalhes. Afirmou que a rede da Claro já está pronta para receber os clientes vindos da Oi Móvel.

Ele estimou em seis meses o prazo para liberação do roaming aos clientes Oi Móvel adquirido. A integração de todos às bases de dados e atendimento integral pela Claro se dará em até 12 meses, como já divulgado pela empresa.

Resultados do Grupo América Móvil

Hajj comentou os resultados do primeiro trimestre deste ano, divulgados na noite de ontem da América Móvil. O grupo dono da Claro Brasil apresentou receitas totais de US$ 10,35 bilhões no período, alta de 2,4% em relação ao mesmo período de janeiro a março de 2021. O EBITDA foi equivalente a US$ 3,97 bilhões, alta de 4,2%. O lucro líquido fechou em US$ 1,5 bilhões. O grupo seguirá otimizando custos, que aumentaram no trimestre.

A empresa também ressaltou que prossegue com o plano de segregação de suas torres móveis, criando a empresa Sítios Latinoamérica. A unidade terá as 31 mil torres. A separação estrutural da América Móvil acontecerá no terceiro trimestre. A nova empresa de infraestrutura já captou recursos no mercado e surgirá com caixa de cerca de US$ 2 bilhões.

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Rafael Bucco

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