Comissão aprova projeto de Auxílio Internet

Substitutivo propõe uso de recursos do Fust e Fistel. Texto consolida conjunto de propostas que aguardavam deliberação na Câmara. Objetivo é beneficiar famílias inscritas no CadÚnico.
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Proposta prevê Auxílio Internet que possa ser usado para conectividade e aquisição de equipamentos | Foto: Freepik

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 17, um projeto de lei que propõe a criação do Auxílio Internet. Trata-se do PL 3.501/2020, que tramita apensado a outras 14 propostas com mesmo objetivo na Casa, protocoladas nos últimos quatro anos. O tema ainda deve passar por outras três comissões.

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pela deputada Flávia Morais (PDT-GO), que prevê o benefício a famílias de baixa renda, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), além de agricultores familiares, com objetivo de “garantir aos beneficiários meios para acesso e utilização de tecnologias de informação e de comunicação que lhes permitam, entre outros aspectos, trocar mensagens, demandar, oferecer ou transacionar informações, produtos e serviços”.

A matéria define que a fonte de receita serão recursos do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) e Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), além de doações públicas e privadas.

O projeto deixa detalhes do auxílio a cargo de um regulamento posterior, que deve determinar, entre outros pontos, o valor do benefício e os padrões mínimos de qualidade das ofertas que os beneficiários poderão obter junto às prestadoras de serviço móvel.

Conforme o PL, o benefício deve ocorrer com base em plano anual e deve atender os seguintes critérios:

  • primeira parcela suficiente para a aquisição de dispositivo de acesso à internet (com preferência para tecnologia desenvolvida no país), na forma do regulamento posterior;
  • benefício deve pago preferencialmente em nome da mulher responsável pela família beneficiária; e
  • o valor poderá cobrir integralmente ou parcialmente os custos relacionados “à aquisição, à instalação e à manutenção da infraestrutura e dos meios necessários ao acesso às tecnologias de informação e de comunicação”; e “ao acesso mensal às tecnologias de informação e de comunicação”.

A proposta de lei também prevê a possibilidade do Poder Público firmar convênios, termos de compromisso, acordos de cooperação, termos de execução descentralizada, ajustes ou instrumentos congêneres com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, distrital e municipal, além da contratação direta de “prestadoras de serviços de telecomunicações ou de outros serviços relacionados ao setor de tecnologia de informação e comunicação”.

Além de já consolidar as propostas de outros deputados, o projeto também está alinhado ao objetivo do vice-líder do Governo no Congresso Nacional,  deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que anunciou intenção semelhante durante o Mobile World Congress (MWC) 2024, em fevereiro deste ano.

As próximas três comissões a analisar o substitutivo aprovado na CPASF são as de Comunicação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Carolina Cruz

Repórter com trajetória em redações da Rede Globo e Grupo Cofina. Atualmente na cobertura de telecom nos Três Poderes, em Brasília, e da inovação, onde ela estiver.

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