Comando da Oi descarta risco de suspensão do leilão da unidade móvel

CFO da companhia diz que transação tem muita visibilidade, mas acredita que plano de divisão do ativo entre TIM, Claro e Vivo será aprovado com poucas ou nenhuma modificação por Anatel e Cade

A reclamação feita pela Algar Telecom ao Cade, em que pediu a suspensão da venda da Oi Móvel, não deve prosperar, conforme avalia a diretoria da Oi. A percepção no comando da operadora é que se trata de uma transação grande, com participantes de peso e que, inevitavelmente, atrai muita atenção. Mas os compradores fizeram um plano de partilha bom, que no máximo exigirá pequenos remédios por parte do regulador da livre concorrência brasileira.

“Sobre questionamentos como o da Algar, é normal. Tudo que envolve Oi acaba tendo muita visibilidade. Ainda mais que envolve também Tim, Claro, Vivo, o mercado indo de quatro players para três players”, afirmou Camille Faria, CFO da Oi, durante live da corretora Genial Investimentos nesta quinta-feira, 14.

Segundo Faria, o Cade deve levar todo o tempo regimental, de um ano, para aprovar o negócio, por se tratar de uma transação muito grande e complexa.

“A gente julga que o plano de segregação das três deveria ser suficiente para mitigar qualquer preocupação de concentração e anticompetitiva. A gente não afasta a possibilidade de que o Cade peça algum remédio, algum tipo de ajuste no plano de segregação. Mas não vislumbramos o risco de recusa, achamos que a operação vai chegar a bom termo ao fim desse ano”, disse.

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Rafael Bucco

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