Com receita de publicidade em alta, lucro da Meta cresce 16% no 2º trimestre
Controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, além do novíssimo Threads, a Meta divulgou, nesta quarta-feira, 26, os resultados financeiros do segundo trimestre deste ano. O lucro líquido da companhia somou US$ 7,78 bilhões (aproximadamente R$ 36,86 bilhões), alta de 16% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A receita chegou a US$ 32 bilhões (R$ 151,6 bilhões), avançando 11% na base anual. Também em alta, o lucro operacional cresceu 12%, totalizando US$ 9,4 bilhões (R$ 44,53 bilhões). A margem, por sua vez, ficou estável em 29%.
De acordo com o balanço, as receitas de publicidade avançaram 11,88% no período de abril a junho, somando US$ 31,5 bilhões (R$ 149,23 bilhões) – o setor representou 98,4% do faturamento da empresa no trimestre. A receita da divisão Reality Labs, responsável pelo desenvolvimento de software e hardware de realidade virtual e aumentada, teve queda de 39%.
“Tivemos um bom trimestre”, comentou Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, em trecho do informe financeiro. “Continuamos a ver um forte envolvimento em nossos aplicativos e temos o roteiro mais empolgante que já vi há algum tempo com Llama 2, Threads, Reels, novos produtos de IA [Inteligência Artificial] em andamento e o lançamento do Quest 3 neste outono [primavera no Hemisfério Sul]”, complementou.
A empresa também atribuiu os resultados ao processo de reestruturação iniciado no ano passado, o qual contemplou a demissão de milhares de funcionários. A companhia salientou, no entanto, que ainda segue implementando medidas para revisar as instalações e remodelar a estrutura de data centers.
Segundo a Meta, os usuários diários ativos no Facebook chegaram a 2,06 bilhões, quantidade que representa um aumento de 5% em relação à observada no mesmo período do ano anterior. No recorte mensal, o número de usuários ativos atingiu 3,03 bilhões, com alta anual de 3%.
Para o terceiro trimestre, a empresa estima alta de 3% na receita, ficando na faixa de US$ 32 bilhões (R$ 151,6 bilhões) a US$ 34,5 bilhões (R$ 163,44 bilhões). Especificamente para a divisão Reality Labs, a projeção anual é de perdas operacionais, em razão dos gastos com o desenvolvimento de produtos.
Regulação
No balanço, a Meta celebrou o acordo para compartilhamento de dados pessoais firmado recentemente entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE), destacando que o entendimento possibilita que a empresa continue a prestar serviços no território europeu. No entanto, indicou que enfrenta dificuldades com regulações do ecossistema digital.
“Esta é uma boa notícia, embora, de um modo geral, continuemos a observar crescentes dificuldades legais e regulatórias na UE e nos EUA, que podem impactar significativamente nossos negócios e nossos resultados financeiros”, sinalizou big tech.