Com o conselho sob pressão, Oi marca assembleia de acionistas
A Oi atendeu ao requerimento do acionista Victor Adler e agendou para 6 de março a assembleia geral extraordinária para deliberação sobre destituição completa do Conselho de Administração da empresa e consequente reformulação.
Na convocação, a diretoria da empresa apresentou sua própria proposta, concorrente à que foi feita pelo investidor ativista. E diz que a posição de Adler é prejudicial ao grupo.
“A administração recomenda que os acionistas rejeitem a proposta de destituição dos membros do Conselho de Administração apresentada por tais acionistas, por entender que a continuidade do Processo de Transformação ainda em curso é vital para que sejam atingidos os objetivos da Companhia”, escreve no manual de participação da AGE.
Entre os objetivos, lista o desenvolvimento e crescimento de sua operação de fibra, da oferta de serviços de conectividade e ICT para o mercado B2B, a conclusão de sua transformação organizacional e readequação da sua estrutura de custos; equacionamento dos passivos operacionais e regulatórios da concessão de telefonia fixa e suas operações legadas; e a sustentabilidade no curto e médio prazo.
Segundo a Oi, os acionistas ativistas pediram a AGE por entender que, após a reestruturação da empresa, o Conselho de Administração já não representa mais os atuais principais sócios do grupo.
Caso haja destituição do atual conselho, os novos eleitos terão mandato de dois anos. A Oi diz que os acionistas não apresentaram nomes para substituí-los. Por isso, apresentou uma chapa própria de 9 conselheiros, que praticamente mantém o quadro atual: (i) Eleazar de Carvalho Filho; (ii) Marcos Grodetzky; (iii) Claudia Quintella Woods; (iv) Henrique Luz; (v) Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana; (vi) Paulino do Rego Barros Jr; (vii) Armando Lins Netto; (viii) Mateus Affonso Bandeira; e (ix) Rodrigo Modesto de Abreu.
A diferença é apenas de um nome: sairia Raphael Manhães, entraria Rodrigo Abreu. “A inclusão na chapa do Sr. Rodrigo Modesto de Abreu, atual Diretor Presidente da Companhia (…) visa contribuir para a dinâmica de trocas, discussões e alinhamentos entre a Diretoria e o Conselho de Administração da Companhia”, explica a empresa.
A manutenção dos nomes, diz a Oi, garante estabilidade neste momento em que a tele pode entrar em nova recuperação judicial.
A AGE também votará a redução de 11 membros no conselho para 9.