Com capacidade em excesso, ISPs miram mercado de atacado

Vários  ISPs estão mais agressivos nas ofertas para o mercado de atacado, B2B, B2G e atrás de novas soluções para oferecer àqueles provedores regionais que se mantêm atendendo apenas o varejo.

Vários  ISPs estão mais agressivos nas ofertas para o mercado de atacado, B2B, B2G e atrás de novas soluções para oferecer àqueles provedores regionais que ainda se posicionam apenas como operadores para o varejo. E, nessa investida para esse segmento, estão mais flexíveis quanto aos modelos de oferta de capacidade, podendo tanto usar as suas redes como redes de terceiros.

Esse comportamento, avalia um executivo do setor, se deve, principalmente, à ociosidade de parte de suas redes, que, durante a pandemia, foram turbinadas com maiores capacidades devido ao rápido e exponencial aumento do consumo de dados, mas que, agora, esse consumo volta para seu rumo normal. O que fazer, então, com esse excedente? A resposta para muitos que participaram do Congresso da Abrint, 24, que terminou hoje, 14, é disputar o ¨mercado dos grandes¨.

Mas alguns operadores partiram para a oferta de atacado há muitos anos. A Forte Telecom é um desses exemplos. Provedor regional com sede em Campos, no Rio de Janeiro, em 2009 decidiu deixar de atender o cliente final para dedicar-se na oferta de capacidade para os outros ISPs. Atualmente, sua rede está presente em 1o estados, além do Distrito Federal.

Com essa experiência de muitos anos, a empresa resolveu buscar uma solução para um dos problemas que mais tiram o sono dos provedores: os ataques DDOs. Segundo o CEO, Sergio Simas, ele encontrou na tecnologia  Corero a resposta que estava procurando para oferecer para os seus clientes ISPs. ¨Com essa tecnologia, o dono do ISP pode manter a normalidade de sua vida, e até viajar com a família sem precisar acabar com suas férias por causa de um ataque desse. Essa tecnologia, de fato, para o ataque antes que ele aconteça¨, assegura o executivo.

Mas além dos ataques DDOS, que são o envio de um conteúdo massivo de dados para esgotar a capacidade das redes de telecom, os novos incrementos de demanda que estão vindo com os data centers de inteligência artificial (grandes consumidores de dados) apontam também que as redes dos ISPs serão cada vez mais flexíveis e escaláveis. ¨E ainda vem o desafio da edge, que traz o serviço de baixa latência mais próximo do usuário¨, afirma o executivo de um fabricante internacional.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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