Claro registra prejuízo de R$ 431,7 milhões

Receita também caiu no terceiro trimestre. De janeiro a setembro, prejuízo soma R$ 964,2 milhões. Empresa comemora crescimento no pós-pago.

loja conceito claro net jk iguatemiA Claro Telecom Participações, holding que reúne Claro, Embratel e Net, divulgou no final desta quinta-feira, 27, o balanço financeiro para o terceiro trimestre do ano. A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 431,7 milhões. O valor é 62% menor que o prejuízo visto no mesmo trimestre de 2015 (R$ -1,14 bilhão).

As perdas menores não foram resultado de melhora da receita. Na verdade, a receita da empresa caiu 2,6% em um ano, passando a R$ 8,19 bilhões. O EBITDA (lucro antes de impostos e amortizações) também encolheu, para R$ 2,37 bilhões (-5,5%).

Para a companhia, os números têm um lado positivo. “O resultado financeiro melhorou consideravelmente em 2016 no comparativo ao ano anterior, substancialmente em função da redução do impacto negativo da variação cambial”, afirma no relatório. Ao longo do ano, a empresa adotou políticas de redução de custos, e o grande gerador de receita continuou a ser a Net, com seus acessos fixos, cujo faturamento subiu 11,6%.

A melhora seria mais perceptível se ainda fosse contabilizado pela Claro Par os ganhos com SVA, que hoje são tocados por outra empresa da América Móvil no Brasil, segundo o balanço. Normalizados os resultados, teria havido crescimento de 0,5% nas receitas e de 2,6% no EBITDA.

Janeiro a setembro
Nos nove primeiros meses do ano a Claro registra receita líquida de R$ 24,45 bilhões, 2,8% menor que no mesmo período de 2015. O EBITDA encolheu 8%, para R$ 6,8 bilhões. Em compensação, o prejuízo líquido diminuiu 70%, para R$ 964,2 milhões. Novamente, olhando-se os dados “normalizados”, a empresa teria registrado crescimento de receita de 0,6% e de EBITDA de 0,8%.

A empresa comemora a evolução no pós-pago. “A Claro está sendo bem sucedida no crescimento da base de serviços moveis pós-pagos, segmento de maior rentabilidade e que contempla as vendas de planos com smartphones”. Em comparação ao mesmo período de 2015 a base de assinantes de pós-pago cresceu 7,1%.

A Claro encerrou setembro com 63,5 milhões de clientes móveis, entre pré e pós-pagos, diminuição de 9,7% em um ano. No fixo, terminou com 36,9 milhões, melhora de 0,6% em um ano. ARPU, entre todos os clientes, ficou em R$ 14, estável em relação a 2015. Já o churn subiu de 3,5% para 3,8%.

AMX
A América Móvil, holding mexicana da qual a Claro Par é subsidiária, registrou crescimento de receita de 9,1%, para 214 bilhões de pesos mexicanos, equivalente a US$ 13,2 bilhões. O EBITDA ficou em US$ 3,6 bilhões, alta de 1,5%. Já o lucro líquido foi de US$ 112,72 milhões. Um ano antes, registrava prejuízo de US$ 153 milhões. O endividamento do grupo caiu de US$ 33,8 bilhões para US$ 32,33 bilhões.

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Rafael Bucco

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