Claro prevê 5G com velocidade acima de 2 Gbps no Brasil

Enquanto o leilão de espectro 5G não é realizado, operadora espalha pontos de 5G DSS por São Paulo e Rio de Janeiro com os objetivos de criar uma base de usuários com dispositivos compatíveis e compreender melhor casos de uso e modelos de negócio.

Luiz Bourdot, diretor de evolução tecnológica de rede Claro, afirmou hoje, 26, em evento digital, que as redes 5G no Brasil poderão atingir velocidades de até 2 Gbps em alguns locais. Ele não estimou, no entanto, quando isso será possível. Mas ressaltou que tal marco depende da liberação de mais espectro a partir do leilão da Anatel para que o potencial da tecnologia seja alcançado. O leilão está previsto para ocorrer em meador de 2021.

Assim que as frequências forem vendidas às operadoras e colocadas em uso será possível unir a agregação de portadoras (faixas de frequência) das redes LTE (4G) com as novas faixas 100% dedicadas à 5G. Neste momento, disse, a velocidade passará de 2 Gbps por acesso. Ele apresentou o slide abaixo.

 

Como se vê, a expectativa da Claro em relação ao leilão é alta. Bourdot mostrou fotos de testes realizados na sede da operadora em que foi possível atingir velocidade de 1,16 Gbps de navegação em uma conexão de 100 MHz no espectro de 3,5 GHz. Para se ter uma ideia, o 5G DSS lançado pela empresa registrou picos de 439 Mbps.

DSS para complementar a cobertura

Bourdot também falou da tecnologia DSS, com a qual introduziu redes 5G NSA em bairros de São Paulo e Rio de Janeiro em julho, usando o espectro hoje disponível em 4G. Segundo ele, a Claro não vai abrir mão do DSS após a chegada das novas frequências. Em vez disso, vai usar a tecnologia como um complemento.

As frequências que ainda serão leiloadas, como 3,5 GHz, abrangem uma área de cobertura menor e exigem mais antenas instaladas do que as frequências hoje usadas no 4G – principalmente a de 700 MHz. Por isso, disse, a estratégia da operadora é usar o 5G DSS nas bordas das regiões atendidas com 3,5GHz, ampliando a área de cobertura 5G.

Enquanto o leilão não chega, o DSS também serve para formar mercado. “A 5G DSS começa a criar a base de terminais 5G e antecipa os casos de uso. Isso vai ser importante para quando tivermos as novas frequências”, disse. O executivo participou do evento virtual 5G e Transformação Digital.

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Rafael Bucco

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