Claro levará 4G para 2 mil municípios em 2017 e NET pode virar 100% OTT

Segundo Félix, até 2019 a operadora estará com 4G em mais de 4 mil cidades brasileiras. Ele disse ainda que virá um novo CEO para cuidar exclusivamente da Claro e que não vê o vídeo on demand como competidor da TV paga. Mas avisa que a NET também está preparada a ser 100% OTT, se o mercado demandar.

4g-lte-logoA Claro está também acelerando a implementação de sua rede 4G, para chegar no final do próximo ano com 1,7 mil cidades cobertas com a tecnologia LTE, e  atingir, em 2019,  4,3 mil municípios brasileiros. “Esse negócio de ser líder em 4G é uma bobagem, pois todos nós vamos liderar com essa tecnologia, devido às obrigações contratuais”, alfinetou o CEO da América Móvil no Brasil, José Félix, referindo-se à disputa entre Vivo e TIM pela liderança na cobertura dessa tecnologia. Segundo o executivo, a Claro já tem hoje 400 cidades com a rede de quarta geração.

Conforme o Félix, em breve será anunciado o nome do novo CEO para as operações móveis, cargo que ele estava acumulando desde março deste ano, desde que Carlos Zenteno foi comandar as operações na Colômbia.

E a expansão da rede da Claro irá contar também com a frequência de 700 MHz já no próximo ano. Para isso, a operadora negocia com o seu principal fornecedor – a Huwaei-  para acrescentar, em todos os seus equipamentos de rede essa banda. “Nós pagamos muito dinheiro pelo 700 e precisamos ocupá-lo”, completou, assinalando que ainda há poucos aparelhos nessa faixa.

Mundo Digital

Para o executivo, o mundo digital já está desenhado. O difícil é fazer a migração da base de clientes para ele. ” Estamos trabalhando dia e noite para isso, mas faltam elementos para que essa ideia se materialize”, afirmou o Felix.

No passado, explicou, as empresas de telecom estavam preocupadas em fazer rede, expandir a conectividade, em colocar a 3G, agora, a 4G. E, segundo ele, é difícil ter que fazer tudo isso e ainda fazer outra coisa que “ainda não existe”.  “O produto digital pode não mudar. O que vai mudar será o relacionamento dos usuários”.

OTT

Para Félix, o vídeo on demand como o Netflix,  não é competidor direto das operadoras de telecomunicações, mas sim dos programadores e empacotadores de conteúdo, como Globosat ou HBO. “Se um dia esses serviços forçarem o desligamento da TV paga, a NET está pronta para virar a chave e se transformar em uma OTT no dia seguinte”, concluiu.

 

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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