Claro Brasil registra receita estável no 2º tri

No período, integralmente afetado pela pandemia de Covid-19, companhia ampliou base de assinantes pós-pagos em função da compra da Nextel e registrou alta de mais de 10% do EBITDA.

A Claro Brasil divulgou no começo da noite desta terça-feira, 14, os resultados financeiros do segundo trimestre. A empresa apresentou receitas de R$ 9,60 bilhões, número estável em relação ao resultado da mesma época de 2019, quando foram apurados R$ 9,59 bilhões.

Houve melhora, no entanto, do EBITDA, que é o lucro antes de impostos, depreciações e amortizações. A cifra alcançou R$ 3,93 bilhões, 10,38% superior ao registrado no segundo trimestre de 2019. Com isso, também melhorou a margem EBITDA, que passou de 37,1% ano passado, para 40,9% agora.

Proforma e Claro/Embratel

Estes números, ressalta a empresa, são consolidados das empresas da América Móvil no Brasil. Ou seja, incluem empresas que não fazem parte da Claro Participações, como a unidade de DTH, que vem encolhendo. Significa que a empresa divulgas esses resultados “proforma”, para fins de esclarecimento.

[quote align=’right’]Ebitda cresceu 10,38% na comparação ano a ano, para R$ 3,93 bilhões[/quote]

As empresas que não fazem parte da Claro Participações encolheram no período. Passaram da receita de R$ 892 milhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 773 milhões agora.

Já a Claro Participações, que reúne as operações de telefonia móvel, fixa, banda larga fixa e TV fixa, cresceram 1,52% no período. Registraram receita de R$ 8,83 bilhões. O EBITDA cresceu 8,69%, para R$ 3,73 bilhões.

Resultados operacionais

Quando aos resultados operacionais, a companhia registrou crescimento da participação no mercado móvel pós-pago, atingindo fatia de 28,65%, evolução de 4,47 pontos percentuais em um ano. Significa uma adição de 6,5 milhões de chips no segmento em 12 meses, dos quais 3,4 milhões vieram da Nextel, operadora adquirida em dezembro.

A base de assinantes pré-pagos alcançou 26,7 milhões no segundo trimestre de 2020. “Mesmo em um
cenário de redução do número total de linhas ativas, segue sendo uma fonte importante e qualificada para migração
de clientes para o pós-pago”, afirma a companhia no relatório. A receita líquida de serviços móveis cresceu 8,4%.

No segmento residencial, a companhia adicionou 118 mil novos clientes no trimestre. A receita cresceu 10,4% em relação ao mesmo período de 2019. A empresa ressalta que detêm a maior quantidade de clientes com acessos em velocidades acima de 34 Mbps: 6,7 milhões. Diz, ainda, que lançou rede FTTH em 70 cidades.

TV e corporativo

“Seguimos líderes absolutos em TV por assinatura, com 49,0% de participação de mercado, e a mais ampla oferta de conteúdo disponível. Nossa plataforma VOD continua liderando no mercado brasileiro, alcançando 53,8 mil títulos e mais de 300 milhões de transmissões no segundo trimestre de 2020, representando um aumento de 35% em streaming”, afirma a companhia.

No DTH, a companhia diz que mantém estratégia de “formação de uma base de clientes de maior valor, priorizando a sustentabilidade dos negócios, e evitando níveis elevados de inadimplência”.

No marcado corporativo, a companhia informa que registrou “crescimento de dois dígitos” no segmento de TI, em função da demanda por nuvem, segurança, soluções de omnichannel, comunicações unificadas, colaboração e analytics.

“Neste trimestre, integralmente afetado pela pandemia do covid-19, alguns fatores pontuais decorrentes do isolamento social impactaram os resultados do período, como um menor volume de vendas de aparelhos e a redução de custos administrativos, em função do fechamento de lojas e prédios”, conclui a empresa.

Controladora

A América Móvil, grupo mexicano dono da Claro Brasil, também divulgou resultados hoje. A holding apresentou crescimento de 0,6% nas receitas, que somaram 251,58 milhões de pesos mexicanos, o que equivale a US$ 11,23 bilhões. O EBITDA cresceu 5,9%, para US$ 3,69 bilhões. Enquanto o lucro líquido saltou 39,7% em função da redução de despesas, despesas financeiras e menor incidência de tributos, para US$ 895,86 milhões.

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Rafael Bucco

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