Claro amplia prejuízo em 168,8% em 2015

América Móvil, controladora mexicana da operadora brasileira, atribui desempenho à economia. Resultados apontam aumento de 2,2% na receita líquida e de 7,9% no EBITDA. Churn em telefonia móvel cresceu, e caiu a receita média por usuário também.

logo claroA Claro Participações, holding que controla as operadoras Claro, Embratel e NET, publicou ontem, 09, o relatório financeiro referente aos 12 meses de 2015. O resultado proforma – aquele que une os resultados das três empresas em 2014, antes da fusão ocorrida ano passado – mostra crescimento de 168,8% do prejuízo líquido, que terminou o ano em R$ 3,55 bilhões.

Em compensação, a companhia registrou aumento da receita líquida de 2,2%, para R$ 33,69 bilhões em 2015. Os custos e despesas permaneceram estáveis. O EBITDA (lucro antes amortizações, depreciações, impostos e juros) cresceu 7,9%, para R$ 9,85 bilhões.

4° trimestre
Considerando-se apenas o quarto trimestre, a companhia apresentou queda de 2,5% na receita líquida, para R$ 8,53 bilhões. O EBITDA aumentou 0,2%, para R$ 2,38 bilhões. O prejuízo líquido foi de R$ 333 milhões, menor 64,2% – sempre em relação ao resultado proforma.

A controladora mexicana da Claro, a América Móvil, atribuiu o desempenho da operação brasileira a uma “economia fraca”, embora as operação de banda larga e telefonia fixa tenha dado resultados positivos, e a móvel, os negativos. Houve queda na receita com voz e crescimento em dados e TV por assinatura.

A operação brasileira encerrou 2015, com 65,98 milhões de assinantes móveis, 7,2% a menos que em 2014. Foram desconectados 4,9 chips pré-pagos. A base do pós-pago cresceu 6,4% no ano, para 16,7 milhões. O churn (usuários que mudaram de operadora) foi de 5,1% no quarto trimestre de 2015, maios que os 3,2% de um ano antes. A receita média por usuário (ARPU) caiu 12,2%, para R$ 13. Os acessos fixos aumentaram 1,5% no ano, para 36,62 milhões. Segundo a companhia, 85% dos acessos em banda larga fixa são de 10 Mbps.

Aquisição
A Claro avisou no comunicado ao mercado que está em vias de concluir a compra da Brasil Telecomunicações, que opera TV paga sob a marca Blue. A companhia está revendo o valor justo dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos, para acrescentá-los ao balanço financeiro, o que deve acontecer em 12 meses. A compra somará, segundo a empresa, 270 mil unidades geradoras de receita, 4 mil km de fibra e presença em 23 cidades.

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Rafael Bucco

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