Cisco não tem pressa em fazer novas aquisições, afirma Stewart

Para o vice-presidente senior e chefe da segurança da empresa, John Stewart, as aquisições não podem destruir as empresas compradas.

Cancun – Depois de ter concluído a maior aquisição de sua história em termos de valores no ano passado, a Cisco não tem urgência para fazer novas aquisições, pois não quer cometer o erro de acabar destruindo as empresas compradas. “Sempre há a pergunta entre o momento certo de ingressar no mercado e os cuidados que devemos ter para não estragar o sucesso das empresas incorporadas. Sabemos que esse é um balanço delicado, por isso iremos com cautela em novas aquisições”, disse o vice presidente senior e chefe da Segurança, John Stewart, durante o Cisco Live LA. 

A oferta pela Duo Security no ano passado, uma pequena empresa de Michigan nos Estados Unidos, por US$ 2,35 bilhões, em dinheiro, surpreendeu o mercado de segurança digital, que não esperava uma oferta tão alta. Antes dessa aquisição, Cisco foi às compras adquirindo empresas como OpenDNS, SourceFire, Cloudlock. Todas vinculadas ao seu recente posicionamento, de se transformar na maior  empresa de segurança estratégica para as redes e para as nuvens.

” A aquisição da Duo só pode ser possível  depois que ultrapassamos a fase da digitalização, passamos pela virtualização bem feita e mudamos a escala”, assinalou o executivo. A tecnologia da Duo verifica a identidade dos usuários e a integridade de seus dispositivos antes de conceder acesso a aplicativos, ajudando a evitar violações de segurança cibernética. A integração das plataformas de segurança de nuvem, dispositivo e rede da Cisco com os produtos de acesso e autenticação de ” confiança zero” da Duo ajuda a permitir que os clientes da Cisco conectem usuários de forma fácil e segura a qualquer aplicativo em qualquer dispositivo em rede. ” O valor que oferecermos pela empresa demonstra a importância que dávamos à sua tecnologia”, brincou o executivo.

IoT e ameças

Para o responsável pela estratégia de segurança da Cisco, a IoT (Internet das Coisas) trará ainda mais problemas de segurança para as corporações. Na verdade, ele acredita que haverá mudanças em duas dimensões, com as novas ameaças que virão com a internet das coisas. 

Um aumento vertiginoso de escala, tendo em vista que máquinas, governo e infraestruturas poderão acionar e ser acionadas para a geração e transmissão de ataques às redes e ampliação das vulnerabilidades, já que dispositivos dos mais diferenciados fornecedores passarão a estar conectados. ” Um fabricante de geladeira que vai se conectar à rede tem uma experiências bastante diferente a de um fabricante de celular ou de computador, ou à Cisco, pois nos conectamos às redes há muito tempo”, disse ele. Essa diversidade de fornecedores para os aparelhos que serão conectados gera outra dimensão de ataques, visto que haverá também uma diversidade muito grande de sistemas de segurança neles implantados.  Por isso, completou, a Cisco apostou em fornecer a segurança das corporações a partir das próprias redes

A jornalista viaja a convite da empresa para o CiscoLiveLA

 

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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