Circulam novos rumores sobre a Oi
A quinta-feira, 19, começou com uma nova rodada de rumores sobre o futuro da Oi. Semelhante aos que já circularam anteriormente, dessa vez a agência de notícias Reuters diz que a empresa está em busca de comprador para sua operação móvel.
A concessionária já teria batido à porta de Telefônica Brasil e TIM para tratar do assunto. Pela divisão móvel, que tem 35 milhões de clientes, a Oi estaria pedindo R$ 10 bilhões. O dinheiro seria usado para investimento em banda larga FTTH, em linha com o plano estratégico do grupo anunciado em julho.
As mesmas fontes, não identificadas, disseram à Reuters que AT&T e uma empresa chinesa também tiveram conversas preliminares com a Oi. A agência diz que nenhuma das empresas citadas confirma os rumores. Afirma, ainda, que o contrato da operadora com o Bank of America, para a venda de ativos não estratégicos, foi ampliado para prever a venda de ativos chave.
Ontem, Christian Gebara, CEO da Telefônica, reiterou que não existe qualquer conversa com a Oi à respeito de compra de ativos. No começo da semana, Telefônica e Oi informaram à CVM que não estão em negociação.
[Atualizado]. A TIM também se posicionou a respeito dos rumores desta semana. Em nota enviada ao Tele.Síntese, a companhia diz: “O Grupo TIM nega qualquer negociação com a Oi”.
Situação
Com caixa de R$ 4,2 bilhões em redução, a diretoria da Oi já afirmou oficialmente, em diferentes momentos, que têm alternativas para levantar o montante necessário a fim de realizar o plano estratégico, sem ter de se desfazer de ativos estratégicos. Recentemente avisou que vinha negociando com bancos formas de levantar R$ 2,5 bilhões com emissão de dívida garantida.
E lembrou que, pelo plano de recuperação judicial, pode recorrer a financiamentos de R$ 2 bilhões para aquisição de equipamentos, além de poder fazer novo aumento de capital para levantar também R$ 2,5 bilhões. Disse, ainda, confiar que vai concluir a venda de sua participação na operadora angolana Unitel até o final do ano, o que pode render US$ 1 bilhão.
Às 13h40 os papeis ordinários da Oi subiam 1,87%, para R$ 1,09. Já os preferenciais tinham alta de 1,91%, para R$ 1,60. Nesta semana, a valorização da empresa foi de 3,81%, ante queda de 11% na anterior. A forte variação e aumento dos volumes negociados desde agosto levou o MPF-RJ e o TJ-RJ a abrirem investigação sobre especulação com os papeis da companhia. (Com agências)