Cidade digital do Inmetro fica para 2019
A criação do Ambiente de Demonstração de Tecnologias para Cidades Inteligentes no campus do Inmetro, em Xerém (RJ) ficou para o ano que vem. O projeto prevê a implantação no campus, onde circulam cerca de 4 mil pessoas ao dia, de diferentes tecnologias para que prefeitos possam visitar o local e conhecer as tecnologias existentes em smartcities.
Iniciativa anunciada em setembro de 2017, a expectativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), parceira do Inmetro, era concluir a implantação, com produtos de mais de 134 empresas, até este mês. No entanto, necessidade de atualização da infraestrutura de telecomunicações obrigou o adiamento do projeto. Também será preciso fazer novo centro de controle e data center para suportar as tecnologias.
Carlos Frees, especialista da ABDI para cidades digitais, afirma que agora prazo provável para início do funcionamento do Ambiente de Demonstração é abril de 2019. “Mas o momento político, mudanças nos governos, podem atrasar. Onde estará a ABDI, o Inmetro, isso depende”, diz.
O projeto prevê não apenas a demonstração das tecnologias em uso. Também o modo como o Inmetro vai implantar, da contratação às referências técnicas, resultará em conhecimento a ser compartilhado com as prefeituras. “A ideia é que os prefeitos tenham já modelos de referências técnicas as mais modernas e baratas”, explica Frees. Tudo já formatado dentro das normas nacionais e internacionais (ISO e ABNT).
Além do campus do Inmetro, o governo também vai distribuir entre living labs provas de conceito e aplicabilidade de tecnologias em cidades inteligentes. O primeiro living lab cadastrado é o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). “Os municípios já podem chegar na ABDI e solicitar modelos de referência dali”, diz Frees. O contrato com o PTI terá duração de 18 meses, e a ABDI poderá demonstrar o uso de carros elétricos. Ele participou hoje, 6, de evento sobre o setor de IoT no país promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Software.