Celular pirata faz clone de aparelho legal e não acabará com o bloqueio, afirma Levy

Para o presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, o bloqueio de celular que começa no DF e em GO em 9 de maio não conseguirá encontrar os aparelhos piratas.

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O presidente do SinditeleBrasil, Eduardo Levy, disse hoje, 5, que o bloqueio do serviço de telecom nos aparelhos piratas, que vai começar em Brasília a partir do dia 9 de maio, não surtirá o efeito esperado pela Anatel (que determinou a providência), que é o de inibir o uso dos aparelhos piratas.

“Ainda bem que a decisão da Anatel é um projeto piloto, em áreas delimitadas, porque essa medida não vai acabar com o celular xing ling”, afirmou o executivo. A aposta dele é que a medida a ser iniciada em maio irá confirmar que não haverá qualquer celular a ser bloqueado, porque todos terão o IMEI( número internacional que identifica cada aparelho), mesmo que esse IMEI seja “clonado” de um aparelho legalizado.

“Para mim, não vai se encontrar um único aparelho com IMEI fraudulento”, afirmou. O que, para o executivo, acabará sendo uma providência inóqua, o que poderá provocar a migração de uma parcela da população para o consumo de aparelhos de segunda mão. O problema do consumo dos aparelhos reutilizados, disse, é que esses celulares chegam ao mercado por duas via – ou mediante revenda e doação ou mediante roubo.

O executivo assinalou que, embora defenda a necessidade de se usar somente aparelhos certificados pela Anatel – o que significa que eles são legalizados – acredita que o bloqueio determinado pela agência acabará não separando o joio do trigo. “O aparelho xing ling não deve funcionar na rede, até porque seus componentes têm desempenho inferior”, afirmou.

Explica que atualmente é até possível importar legalmente aparelhos de celular sem a exigência da certificação da Anatel. E, segundo ele, esses aparelhos – importados legalmente ou os piratas – se conectam às redes de celular com um IMEI “legalizado”, mas clonado. “O IMEI desse aparelho pode ser de um celular de outra pessoa, ou de um celular que ainda vai ser comercializado”, concluiu.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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