Caixa da Oi diminui em janeiro
As administradoras judiciais da Oi divulgaram na noite de ontem, 15, o balanço financeiro consolidado das empresas do grupo que estão em recuperação judicial (Oi, Oi Móvel, Telemar Norte Leste, Copart 4, Copart 5, PTIF e Oi Brasil Holdings).
O resultado mostra que a operadora perdeu 12% da receita com clientes, que ficou em R$ 1,87 bilhão, em relação a dezembro de 2016. A receita total em janeiro foi de R$ 2,66 bilhões, e inclui os ganhos com negócios de revendas e com outras operadoras.
Já os custos do grupo cresceram 40% em um mês, passando de R$ 1,17 bilhão em dezembro para R$ 1,64 bilhâo em janeiro deste ano. A Oi ainda apresentou perda de R$ 261 milhões em operações financeiras, e de R$ 80 milhões em pagamentos a prestadores de serviços e coligadas. Ao todo, o caixa líquido ficou negativo em R$ 153 milhões no primeiro mês de 2017. A companhia terminou o mês com R$ 7 bilhões em caixa.
Segundo a empresa, os ganhos menores em janeiros são comuns, fazem parte da “sazonalidade” do setor. Especialmente a queda de receita com clientes, que reduzem os gastos com serviços de telecomunicações para arcar com IPTU, IPVA, matrícula escolar e outros custos que tradicionalmente surgem no começo do ano.
Análise dos credores
A consultoria PwC e o escritório de advocacia Arnoldo Wald, administradores judiciais da Oi, divulgaram também uma atualização de como anda a análise dos pedidos de pagamento por credores. A Oi tem uma lista com mais de 65 mil empresas e pessoas a quem deve, que pôde ser questionada entre setembro do ano passado e o último dia 10 de março.
Estes credores puderam recorrer dos valores tidos como devidos pela operadora. Ao todo, foram enviados 4 mil recursos pelo site criado para a recuperação judicial. O relatório diz ainda que há 47 mil solicitações feitas diretamente à Oi, que as repassou ao administrador judicial, sendo 40 mil pedidos de inclusão de novos credores e 7 mil retificações.