BTG se alia a fundo de pensão do Canadá para comprar a Infraco da Oi e ações disparam
As ações do Grupo Oi disparam hoje, 12, no Ibovespa, por conta de notícia, divulgada pela Bloomberg e confirmada pelo Tele.Síntese, dando conta de que um fundo gerido pelo Banco BTG Pactual uniu-se a ao fundo de pensão do Canadá para apresentar uma proposta vinculante à compra da unidade de fibra óptica do conglomerado da empresa de telecomunicações em recuperação judicial desde 2016.
Uma fonte do Banco Pactual confirmou a este portal que a Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) associou-se a um fundo gerido pelo Banco BTG Pactual para apresentar a proposta na 7ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, que deverá realizar ainda no primeiro trimestre deste ano a venda da quarta unidade do grupo. A Oi planeja vender de 25% a 51% de sua subsidiária por um valor de no mínimo R$ 9 bilhões. O valor de firma da unidade é de R$ 20 bilhões.
Com a notícia, as ações ordinárias (OIBR3) terminaram o dia com alta de 5,15%, negociadas a R$ 2,45. Já os papéis preferenciais (OIBR4) saltaram 4,55%, e encerram cotados a R$ 2,99.
Disputa bilionária
Segundo a Bloomberg, a InfraCo deve receber ofertas vinculantes da Highline Brasil e da empresa italiana Ufinet. A Highline tem por trás o fundo norte-americano Digital Colony. Já a Ufinet tem participação do grupo Enel. As discussões ainda não são públicas.
A Oi tem trabalhado para vender ativos principalmente depois de haver aprovado em outubro de 2020 aditivo ao plano de recuperação judicial, que começou em 2016. Em novembro, a companhia vendeu para a Piemonte Holding seus data centers por R$ 325 milhões. Já a Highline adquiriu as torres móveis pelo valor de R$ 1,076 bilhão.
No mês seguinte, dezembro, o trio de concorrentes Claro, TIM e Vivo arrematou a Oi Móvel por R$ 16,5 bilhões. O consórcio aguarda a aprovação da Anatel e do Cade para concretizar o negócio.
O Grupo Oi tem alcançado decisões na Justiça do Rio de Janeiro contra tentativas de anulação do aditivo ao plano de recuperação judicial, aprovado em outubro, principalmente por parte de grandes bancos credores.