Britânicos darão 100% de isenção a investimentos em fibra óptica

Reino Unido pretende acelerar o fim do cobre e estimular o desenvolvimento da 5G. Governo anunciou medidas de estímulo à economia local, após projeção de queda no crescimento e aumento da inflação para os próximos anos.

shutterstock_Dim Dimich_negocios_mercado_economia_dinheiroO Reino Unido definiu um plano agressivo de incentivo à expansão da fibra óptica e de desenvolvimento da quinta geração de redes móveis, a 5G no país. O governo anunciou ontem, 23, que vai destinar £ 1 bilhão à infraestrutura de telecomunicações. O valor equivale a R$ 4,23 bilhões.

O dinheiro virá principalmente através de benefícios fiscais. A partir de abril de 2017 as operadoras terão isenção total de impostos, válido por cinco anos, sobre o investimentos feitos para implantação de fibra óptica. O objetivo é acelerar a adoção da tecnologia, ampliando a cobertura no país, tanto em bakbone e backhaul, como na última milha. Também tem como meta substituir definitivamente o cobre e tecnologias híbridas, que usando cobre e fibra.

Nos anos de 2020 e 2021, o governo liberará ainda fundos para que as empresas ampliem a rede de banda larga na última milha. O dinheiro também vai ser usado para pagar pesquisas e testes em 5G.

Além da desoneração para o segmento, haverá dispêndio de fundos governamentais em tecnologias futuras de transporte. O compromisso é liberar £ 100 (R$ 423 milhões) para pesquisa em carros autônomos. Em ciência e tecnologia, a decisão é ampliar em £ 2 bilhões os investimentos.

O governo anunciou outras medidas para as empresas locais, que afetam não apenas o setor de telecomunicações. Até 2020, haverá redução de impostos, com máximo permitido de 17%. Em 2010, os impostos sobre empresas no país somavam 28% das receitas. No momento, é de 20%.

Segundo o Departamento de Orçamento e Responsabilidade do Reino Unido, equivalente a nosso Ministério do Planejamento, o país será um dos de maior crescimento no mundo, em 2016, mas dados indicam que haverá desaceleração e aumento da inflação nos próximos dois anos. Por isso, optou-se pelas medidas de estímulo, que abrangem outras áreas, como correção da tabela do imposto de renda, dos incentivos a agricultores familiares, do salário mínimo, e congelamento de impostos sobre combustíveis.

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Rafael Bucco

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