Brisanet abre programa de recompra de ações
A Brisanet iniciou hoje, 3, seu programa de recompra de até 9,5 milhões de ações ordinárias. O montante equivale a cerca de 9,9% do total de papéis da companhia em circulação, e a aproximadamente 2,11% do total de ativos de emissão pela empresa.
A quantidade exata de ações a serem adquiridas será informada apenas em momento oportuno, de acordo com a empresa. O programa poderá ser estendido por 12 meses, até 2 de fevereiro de 2023. Conforme legislação, a companhia vai manter apenas 20% do seu capital social em circulação até sua recomposição, que deverá ocorrer até 31 de julho de 2023.
O objetivo do programa é a aquisição das ações ordinárias de emissão da Brisanet para permanência em tesouraria, cancelamento ou posterior alienação das ações no mercado, “visando a maximizar a geração de valor para os acionistas da Companhia, sem redução do capital social da empresa”.
A recompra das ações será efetuada mediante a utilização do saldo da reserva de capital constante nas últimas demonstrações financeiras anuais, intermediárias ou trimestrais mais recentes divulgadas pela Companhia anteriormente à efetiva transferência. O banco Santander e o Itaú Unibanco são as instituições financeiras intermediárias desse processo.
Ações em baixa
Desde sua estreia, em julho de 2021, na B3 os papeis da Brisanet perdem valor por motivos diversos. Quando entrou na bolsa, a ação ordinária da empresa cearense era vendida a R$ 13,93. Hoje, o valor de mercado da companhia caiu muito, apesar da entrega de resultados.
A Brisanet fechou 2021 com crescimento de 35% da base de assinantes. Dados divulgados pela empresa revelam que, de janeiro a dezembro, houve adesão de quase 220 mil clientes aos serviços do grupo. Com isso, a empresa chegou a 843 mil assinantes. A operadora está em sete estados do Nordeste – Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Piauí e Sergipe. O cabeamento de fibra da operadora passa em frente de 4,5 milhões de domicílios, em 120 cidades de 8 estados da região, incluindo o Maranhão.
Segundo especialistas, a queda do preço dos papeis se deve à falta de liquidez e à migração de investidores institucionais para títulos de tesouro de outros países, em busca de menor risco e em função da elevação das taxas de juros desses títulos.