Brasscom: setor de TICs gerou 20 mil empregos até outubro devido à desoneração

Entidade de empresas do setor aponta que benefício fiscal contribuiu para a geração 20 mil empregos e aumento da arrecadação tributária mesmo em plena pandemia

A desoneração da folha de pagamento gerou empregos no setor de TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) desde que foi iniciada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Apenas neste ano, de janeiro a outubro, 20 mil empregos foram criados em função do benefício, mesmo diante das adversidades trazidas pela pandemia do novo coronavírus, alega a Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação).

Por conta disso, Sergio Paulo Gallindo, presidente executivo da entidade, defende a manutenção da política, que alcança ao todo 17 setores da economia. A questão é alvo de embate no Supremo Tribunal Federal em razão da Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo presidente Jair Bolsonaro contra a derrubada do veto à prorrogação da medida até dezembro de 2021.

“No setor de tecnologia a política de desoneração foi um sucesso. Não somente em termos de geração de emprego como também em termos de arrecadação”, afirmou ao Tele.Síntese. “O setor contratou fortemente e continuará contratando. Depois de abril, houve uma retomada nas contratações”, diz.

Estudo sobre resiliência do setor apontou que houve aumento de arrecadação de três tributos que foram que impactados pela desoneração da folha, no caso a contribuição previdenciária, o Imposto de Renda do trabalhador e o FGTS, também o trabalhador.

Segundo a Brasscom, o  setor é intensivo em mão de obra, com 1,56 milhão de empregos. Um estudo realizado em 2018 constatou uma demanda média de 70 mil novos profissionais por ano até 2024 para dar suporte a investimentos de R$ 426 bilhões. O Brasil, em contrapartida, só consegue formar 46 mil profissionais por ano.

 

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Abnor Gondim

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