Brasil dá calote no laboratório da “partícula de Deus”

O Brasil não colocou um tostão no orçamento deste ano, e também nada no do próximo para manter as pesquisas brasileiras realizadas no Centro Europeu de Física Nuclear (CERN), que opera o acelerador LHC, onde foi descoberto o Bóson de Higgs.

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Os cientistas Ignácio Bediaga, Cláudio Lenz Cesar e Marcelo Munhoz, todos integrantes do Centro Europeu de Física Nuclear (CERN) estarão amanhã, terça, 19, no Congresso Nacional, de pires na mão, para evitar que o Brasil deixe de participar deste centro, que opera o acelerador LHC, onde foi descoberto o Bóson de Higgs (ou a “partícula de Deus”).

É que no projeto de Lei Orçamentária de 2018 (PLOA 2018), enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional no último dia 31 de agosto, não há nenhum tostão destinado ao pagamento das taxas do CERN, onde atua  uma importante equipe de pesquisadores brasileiros.

No orçamento deste ano, as verbas para o pagamento das taxas e custeio ao CERN já foram cortadas, e o mesmo se repete no orçamento do próximo ano, o que motivou os cientistas a largarem seus laboratórios para tentar reverter essa situação junto aos parlamentares.

Segundo Lenz Cesar, se o Brasil não cumprir com suas obrigações financeiras (para os dois anos os recursos não somam R$ 5 milhões, ou 10% das malas de Geddel) as pesquisas brasileiras que estão sendo realizadas naquele laboratório internacional ficarão ameaçadas.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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