Bradesco terá 100 agências com conexão 5G até o final do ano

Segundo Wilson Okamoto, o tempo de resposta, com a substituição de tecnologias caiu de 40 segundos para 5 segundos em duas agências de Brasília.
Bradesco terá 100 agências com 5G
Crédito: Paulo Cesar Rocha

O Bradesco já começou a implantar o 5G “puro” e pretende contar com 100 agências com essa nova conexão até o final deste ano. Segundo Wilson Okamoto, Head  de IT & Infraestructure Engineering do Bradesco, em duas agências bancárias de Brasília – na Esplanada dos Ministérios e no Lago Sul – os links MPLS já foram substituídos pela tecnologia 5G e a melhoria no desempenho é visível. ” O tempo de resposta de uma das transações mais demoradas caiu de 40 segundos para 5 segundos”, afirmou.

A expectativa para a massificação da nova tecnologia é  grande, disse o executivo, já que o Bradesco tem pontos de presença em todos os municípios brasileiros e em milhares de localidades, e ainda enfrenta vários problemas com a conectividade, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. O Bradesco tem, por exemplo, uma agência instalada em um navio que navega pelos rios da Amazônia para atender a população ribeirinha, mas essa agência só pode transmitir os dados no final do expediente, já que possui um único ponto de satélite, fixo. “Quando pudermos sair da imobilidade e partir para a mobilidade real, o céu é o limite”, afirmou Okamoto.

O executivo disse que o banco está fazendo distintas provas de conceito com diferentes aplicações da tecnologia. Entre elas, a experiência de uso da realidade aumentada para o financiamento ou oferta de seguro de imóveis. Nessa aplicação, o cliente passa a “visitar” diferentes imóveis e o banco alia a oferta desse serviço à sua carteira imobiliária.  Também está testando câmaras inteligentes capazes de perceber as emoções das pessoas que entram nas agências, para ampliar a segurança. Esses testes estão sendo feitos com a Claro, a NTT Data e a IBM.

Redes privativas

O vice-presidente de B2B da Vivo, Alex Salgado, assinalou, por sua vez, que a adoção da conexão 5G pelo mercado corporativo, não precisa esperar pela massificação da tecnologia. “O mercado empresarial não precisa esperar a cobertura das localidades para usar o 5G. Posso implementar já a 5G pública ou dentro de qualquer local específico e substituir qualquer conectividade”, afirmou Salgado.

Segundo ele, a nova rede terá uma expansão muito mais rápida do que o estabelecido pela Anatel no leilão do 5G (cujo prazo previsto para que a nova tecnologia móvel alcance todo o Brasil é o ano de 2029) e ele ousa apostar que, em dois anos, a nova rede já terá um alcance equivalente ao da atual rede de 4G.

Formação

O superintendente de Outorga e Radiofrequência da Anatel, Vinícius Caram, disse, por sua vez, que dentro de quatro a cinco  anos, o parque de aparelhos de celular 5G já terá substituído o de aparelhos 4G, tendo em vista que são adquiridos pelo menos 40 milhões de smartphones no mercado brasileiro por ano (e são 250 milhões de usuários de telefonia celular), mas assinalou que o maior desafio, agora, é o desenvolvimento de aplicações e a educação digital da população para utilizar os novos serviços que surgirão. Os executivos participaram da Febraban Tech

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Redação DMI

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