Braço de investimentos do Banco Mundial compra um pedaço da Highline
O IFC, braço do Banco Mundial especializado no investimento em projetos de infraestrutura situados em países emergentes, colocou dinheiro em empresas do fundo Digital Bridge (antigo Digital Colony), inclusive no Brasil.
Ao todo, o IFC destinou US$ 75 milhões à aquisição de participação minoritária em três empresas do fundo norte-americano: o data center Scala, a empresa de infraestrutura Highline, e a “plataforma de investimentos” em infraestrutura Edgepoint, da Ásia. As empresas não revelaram qual a participação acionária que passará ao IFC.
Em um segundo momento, serão investidos outros US$ 25 milhões em diferentes ativos de infraestrutura digital gerenciados pela DigitalBridge em mercados emergentes.
A Scala nasceu a partir da compra dos data centers da antiga UOL Diveo. Reúne três data centers em São Paulo e um em Campinas (SP). Prevê a construção de mais três unidades em São Paulo, Campinas e Jundiaí até o fim de 2022. E a partir de 2023, terá unidades no Chile, na Colômbia e no México.
Já a Highline foi comprada pelo Digital Bridge em 2019. Empresa dedicada à construção de infraestrutura para operadoras móveis, possui 5 mil torres e pontos de presença espalhados pelo Brasil. A empresa é conhecida por ter feito tentado comprar a Oi Móvel em 2020, mas sua proposta acabou superada pela oferta conjunta feita por TIM, Claro e Vivo. Também tentou arrematar, sem sucesso, lotes de espectro no último leilão 5G, ocorrido na semana passada.
A EdgePoint, por sua vez, investe em torres na Indonésia e na Malásia.
Na última década, a IFC investiu e mobilizou US$ 5,9 bilhões em infraestrutura digital, sendo mais de US$ 1 bilhão apenas entre julho de 2020 e junho de 2021.
Além da infraestrutura digital aprimorada, a IFC também orientará a DigitalBridge, EdgePoint, Highline e Scala a alinhar suas práticas ambientais e sociais com padrões de desempenho elaborados pelo braço de investimentos do Banco Mundial.