Big Data e Analytics, essenciais para alimentar 9 bilhões de pessoas em 2050, diz Embrapa
Em 2050, serão 9 bilhões de pessoas que precisarão ser alimentadas no mundo. Para atender a esse gigantesco compromisso, serão necessários todos os recursos das tecnologias digitais, como o big data e o analytics, avalia Carlos Meira, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, que participou do AGROtic Grãos e fibra, promovido pela Momento Editorial em Luis Eduardo Magalhães (BA).
Na avaliação de Meira, a agricultura de precisão com a sua tecnologia atual ainda não decolou da maneira necessária, para dar o salto de produtividade com vistas a atender a demanda por alimentos que existe e que virá.
O departamento de informática da Embrapa está fazendo a sua parte, explicou, disponibilizando para os produtores diferentes aplicativos e sistemas de auxílio à melhoria da produtividade nacional. Entre eles, citou o SATVEG, um sistema gratuito, que, a partir da análise de imagens de satélite permite ao produtor verificar como a cultura plantada se comportou. Há ainda sistema de diagnóstico on line de doenças de plantas.
Eduardo Monteiro, pesquisador da instituição, por sua vez, assinalou que o sistema o Conpress, criado em 2017 para aprimorar as previsões meteorológicas está se transformando em uma plataforma colaborativa de análise e compartilhamento de dados de modelos tecnológicos, tendo em vista que o Brasil ainda tem muita carência nesse setor.
Conforme Monteiro, há ainda uma baixa densidade de cobertura de estações de coleta, com sensores que chegam a ser responsáveis por coletar até 400 Km de informações, o que significa que há grandes vazios para a cobertura climática brasileira. Além disso, afirma, “ das 14 mil estações de coleta de informações – federal, estaduais e municipais – que existem atualmente, só podem ser aproveitados 3, 5 mil pontos”. Segundo ele, os demais pontos ou não têm histórico de apuração, ou deixam de funcionar por falta de manutenção, ou são apurados dados errados.
Validação
Já Renato Bueno, diretor de Marketing da Nokia afirmou que o protótipo do produto que está sendo desenvolvido em parceria com a Oi para dar alternativas de pulverização das lavouras brasileiras através dos recursos de analytics está em fase de validação para testes de campo em pouco tempo.