Bets: Abecs antecipa proibição de cartão de crédito em apostas

O veto ao cartão de crédito para pagar bets era previsto para valer a partir de janeiro, mas foi antecipado em reunião extraordinária da Abecs

Bets: Abecs antecipa proibição de cartão de crédito em apostas

O pagamento de apostas nas bets com cartão de crédito está proibido. A decisão foi tomada em reunião extraordinária da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) que aconteceu na terça-feira, 1º de outubro.

De acordo com a entidade, o cartão de crédito responde por menos de 1% do volume total gasto em apostas online. “Em um levantamento que fizemos, o volume de cartões não chega a R$ 200 milhões nos últimos 12 meses, é ínfimo”, aponta.

Ainda assim, a associação explicou em nota a adoção da medida: “A decisão da Abecs baseia-se na crescente preocupação do setor de cartões em torno da prevenção ao superendividamento da população e do crescimento das apostas online no país, que, entre outras consequências, pode gerar impactos significativos no endividamento e no consumo relacionado ao varejo e ao setor de serviços”.

A entidade defende ainda que a necessidade de debater o veto à utilização de outros meios de pagamento para transações com as bets.

“Como se sabe, o Pix é hoje o maior responsável pelos lances realizados em jogos online, tendo se mostrado um meio de acesso a linhas de crédito, como o cheque especial, e, por consequência, um importante vetor de endividamento”, acrescentou a Abecs.

A proibição do meio de pagamento para apostas online já estava na agenda do Ministério da Fazenda para valer a partir de janeiro de 2025, quando entrarão em vigor as regras do mercado regulado de apostas eletrônicas.

O veto ao cartão de crédito para pagamento às bets acontece no mesmo momento em que o Ministério da Fazenda divulgou a lista das empresas autorizadas a atuar no país durante esse período de transição.  Ao todo, 89 empresas e 193 bets (marcas) foram aprovadas para atuar nacionalmente e outras seis empresas e marcas autorizadas em âmbito estadual. Cerca de 600 sites devem ser bloqueados no país nos próximos dias, segundo informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Com assessoria de imprensa)

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Redação DMI

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