Banda larga via fibra óptica chega a 52% das escolas públicas do País

Pesquisa TIC Educação aponta que 68% das conexões escolares com fibra óptica estão localizadas em zonas urbanas; no campo, por sua vez, os satélites lideram como tecnologia mais usada para fornecer internet às instituições de ensino
Fibra óptica chega a mais da metade das escolas brasilieras
Fibra óptica é a tecnologia mais usada para conectar escolas (crédito: Freepik)

A fibra óptica é o tipo de conexão de banda larga mais comum nas escolas brasileiras, indica a pesquisa TIC Educação 2022, divulgada nesta segunda-feira, 25, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A tecnologia está presente em 54% das instituições de Ensino Fundamental e Médio, incluindo públicas (municipais, estaduais e federais) e particulares.

A região Sul é onde a fibra tem maior participação, alcançando 73% das escolas. O Centro-Oeste vem logo atrás, com 71% das instituições de ensino conectadas com fibra. Sudeste (52%), Norte (50%) e Nordeste (45%) ficam abaixo da média nacional.

Além disso, a pesquisa aponta que 52% das escolas públicas (municipais, estaduais e federais) contam com infraestrutura de fibra. Se avaliadas isoladamente, as estaduais lideram em conexões ópticas (68%), ficando até mesmo à frente das instituições particulares (62%). A fibra, no entanto, ainda não cobre metade das escolas da administração municipal (46%).

Também se nota que 68% das escolas com fibra óptica estão em zonas urbanas. Na área rural, apenas 27% dos espaços escolares contam com essa tecnologia de banda larga fixa. Vale destacar que, entre todos os tipos de conexão, o sinal via satélite é o mais comum (34%) nas escolas que ficam no campo.

Outras tecnologias

No geral, o tipo de conexão mais usada depois da fibra é o cabo, cujos acessos chegam a 17% das escolas do País. A tecnologia se destaca, principalmente, no Sudeste, onde representa 25% da rede escolar.

O sinal via satélite, com presença considerável no Norte (20%) e no Nordeste (20%), cobre 13% das escolas brasileiras.

Conexões via rádio (8%) – tecnologia ainda bastante utilizada na região Norte (17%) – ou por modem 3G ou 4G (4%) também ajudam as instituições de ensino a se conectarem à web. A pesquisa também mostra que linha telefônica (DSL) alcança apenas 1% das escolas. Além disso, 3% das instituições de ensino entrevistadas não souberam indicar o tipo de tecnologia utilizada – o percentual chega a 10% na região Norte.

Velocidade

O relatório indica que 38% das escolas do País contam com conexões de 51 Mbps ou mais. No recorte por região, apenas no Sul (52%) e no Centro-Oeste (51%) mais da metade das instituições de ensino têm suporte a tal velocidade.

Segundo a pesquisa, 23% das escolas não sabem qual é banda contratada, enquanto 13% têm conexões de 3 Mbps a 10 Mbps. O percentual de unidades escolares com planos de internet de até 999 Kbps (9%), de 1 Mbps a 2 Mbps (7%), de 11 Mbps a 20 Mbps (4%) e 21 Mbps a 50 Mbps (7%) não chega a índices de dois dígitos, cada.

Equipamentos

De acordo com o estudo, 94% das escolas do País têm acesso à internet. A conectividade alcança 99% das instituições particulares e 93%, das públicas. No geral, 89% das unidades de ensino possuem computadores e conectividade.

No entanto, quando se observa as instituições que, de fato, contam com equipamentos e banda larga para uso dos alunos, o percentual cai para 58% – em grande parte, o WiFi não é liberado aos estudantes, de modo que os acessos por redes móveis superam as feitas via sinal fixo sem fio. Neste quesito, a região Sul é o destaque positivo, com 88% das escolas dispondo de computadores e conexão para uso dos alunos.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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