B3 cobra da Oi medidas para valorizar ações

Papeis ordinários da Oi são negociados por menos de R$ 1 desde agosto, o que levou a B3 e cobrar medidas para elevar a cotação

Crédito: Freepik

Apenas 9 meses após o grupamento de ações feito pela Oi para elevar a cotação praticada no mercado de capitais, a B3, responsável pela bolsa brasileira, cobrou da operadora medidas recuperar a preço dos papeis.

Hoje, 11 de outubro, a ação ordinária da companhia (OIBR3) fechou valendo R$ 0,59. O dia 10 de agosto foi o mais recente em que a companhia registrou valor de R$ 1 real para o papel. Desde então, vem transacionando abaixo deste limite determinado nas regras da B3. As ações preferenciais da empresa não enfrentam o mesmo problema, pois eram cotadas a R$ 1,97 nesta quarta-feira.

A contar de 9 de janeiro, quando aconteceu o grupamento na proporção 10:1, as ações ordinárias da Oi desvalorizaram 64%. A operadora entrou em março na sua segunda recuperação judicial. A primeira havia terminado em dezembro de 2022.

A B3 avisou a empresa que precisa devolver os papéis ordinários para preços acima de R$ 1 até 27 de março de 2024. Em resposta, a Oi informou que acredita em revalorização natural das ações quando fechar o novo plano de recuperação, que está sendo negociado com credores. Diz que desde abril, quando apresentou uma versão do plano, busca aprovação dos principais credores.

“A Companhia acredita que a aprovação e homologação do Plano de Recuperação Judicial terão papel fundamental para o futuro da Companhia e trarão visibilidade quanto à sua sustentabilidade de longo prazo, o que deverá se refletir em valorização das ações da Oi, tornando assim desnecessária a realização de grupamento ou de qualquer outra medida para retomada do patamar de R$ 1,00”, responde à B3.

Mas diz que, caso a cotação não se recupere após a aprovação do plano de recuperação, tomará as medidas necessárias para retomar ao patamar mínimos de negociação.

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Rafael Bucco

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