AWS, unidade de nuvem da Amazon, demite centenas de funcionários

Corte atinge empregados das áreas de vendas, marketing e serviços globais, além da equipe de tecnologia em lojas físicas; no ano passado, companhia demitiu pelo menos 27 mil trabalhadores
AWS, divisão de computação em nuvem da Amazon, anuncia centenas de demissões
AWS, unidade de serviços em nuvem, demite centenas de empregados em novo corte anunciado pela Amazon (crédito: Amazon/Divulgação)

A Amazon Web Services (AWS), unidade de computação em nuvem da big tech, vai demitir centenas de funcionários para reduzir custos. Serão afetados empregados das áreas de vendas, marketing e serviços globais, além de trabalhadores da equipe de tecnologia que atuam em lojas físicas.

A companhia justificou os cortes dizendo que identificou áreas que precisam ser simplificadas. “Estas decisões são difíceis, mas necessárias, à medida que continuamos investindo, contratando e otimizando recursos para entregar inovação aos nossos consumidores”, afirmou a empresa, em nota encaminhada ao Wall Street Journal, nesta quarta-feira, 3.

No ano passado, a Amazon demitiu pelo menos 27 mil funcionários ao promover dois cortes em massa. O primeiro, anunciado em janeiro de 2023, atingiu 18 mil trabalhadores, sobretudo das áreas de varejo e recrutamento. Dois meses depois, uma segunda rodada de demissões em massa envolveu 9 mil trabalhadores, alcançando, inclusive, a AWS.

No caso dos funcionários afetados pelo novo corte, a big tech informou que os empregados demitidos receberão salários e benefícios por pelo menos 60 dias, além de ficarem elegíveis para indenizações.

Apesar das dispensas, a Amazon indica que está contratando para as principais áreas do seu negócio. Inclusive, coincidentemente nesta quarta-feira, a companhia publicou um texto em sua área de notícias sobre como melhorar o currículo para conseguir uma de suas vagas.

Nuvem e IA

A divisão de computação em nuvem tem sido responsável por parte significativa dos lucros da Amazon. No entanto, a unidade enfrenta uma desaceleração nas receitas, em razão de uma demanda mais restrita por parte dos clientes corporativos e de uma competição mais acirrada no mercado, inclusive com outras big techs.

Desde a explosão da Inteligência Artificial (IA) generativa, com o lançamento do ChatGPT pela OpenAI em novembro de 2022, gigantes de tecnologia, como a Amazon, tem direcionado investimentos para o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem e soluções com recursos de IA.

Recentemente, a companhia anunciou que concluiu um aporte de US$ 4 bilhões na startup Anthropic. O acordo prevê a incorporação de aplicações de IA nos serviços disponibilizados pela AWS.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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