Arm processa a Qualcomm por violação de patentes
A Arm alega que a Qualcomm obteve acesso ilegalmente a patentes da Arm quanto adquiriu ano passado a empresa Nuvia.
A Nuvia tinha contrato de licenciamento com a Arm, mas esta alega que tais contratos não eram transferíveis em caso de fusão e aquisição envolvendo a startup parceira.
O processo foi aberto nos Estados Unidos, onde fica a sede da Qualcomm. A ARM tem sede no Reino Unido.
Além da transferência proibida, a Arm afirma que as licenças da Nuvia venceram em março último. Desde então a companhia, que é controlada pelo fundo japonês Softbank, alega ter buscado negociar o licenciamento junto à Qualcomm, sem sucesso.
Mesmo se renovar o contrato, a Qualcomm prosseguiu desenvolvendo tecnologia com base nas patentes da Arm. “Não temos saída a não ser processar Qualcomm e Nuvia para proteger nossa propriedade intelectual, nossos negócios e garantir que os clientes utilizem produtos baseados em Arm de forma válida”, diz a desenvolvedora em comunicado.
Toda a receita da Arm vem do licenciamento de patentes, uma vez que a companhia não possui fábricas nem distribui componentes físicos. Tudo baseado em sua arquitetura de chips é produzido por terceiros, mediante autorização prévia.
A Arm pede a destruição de chips criados pela Nuvia que se basearam da arquitetura proprietária da companhia, além do ressarcimento pela violação de propriedade intelectual.
A Qualcomm comprou a Nuvia em 2021 por US$ 1,4 bilhão. Com o negócio, a gigante dos chips pretende ampliar sua participação no mercado de componentes para computadores e servidores utilizados em data centers. Tele.Síntese perguntou à Qualcomm a respeito do processo, mas até o fechamento deste texto não havia resposta.