Aquisição fora da região Sul precisa “ter envergadura”, diz CEO da Unifique
O CEO da Unifique, Fabiano Busnardo, disse hoje, 21, que para a companhia só compensa realizar aquisição de ativos de banda larga fora do Sul se forem de “envergadura”. A fala se dá em um momento de rumores a respeito do interesse por parte de operadoras regionais em pedaços da Oi Fibra, colocada à venda pelo grupo Oi em 2023.
Segundo ele, a preferência é por comprar outros ISPs no Sul. Mas toda oportunidade é avaliada a fundo. “Não descartamos negócios fora do Sul, mas aí teria que ter envergadura. Não dá para começar pequeno em um novo mercado. Essa possibilidade é real, e estamos atentos às oportunidades. Se surgir algo que atenda nossos negócios, estaremos preparados”, sugeriu.
Segundo notícias recentes de outros veículos e também apuradas pelo Tele.Síntese, a Oi recebeu proposta por ativos regionais da Oi Fibra (ClientCo) e em todo o Brasil. Busnardo, da Unifique, no entanto não citou nominalmente a Oi em sua fala.
5G sem e com 700 MHz
Busnardo contou ainda sobre o andamento das ativações da rede 5G. A empresa ligou o serviço em 3 cidades (Timbó, Garuva e Guabiruba), em duas das quais, com infraestrutura própria. A oferta é de pacote convergente de banda larga fibra e serviço móvel. Disse que obteve 1,5% de market share nestas cidades 30 dias após a ativação, mesmo com grandes empecilhos.
“70% dos aparelhos nas mãos dos assinantes ainda precisam de atualizações, que estão por vir para a metade deste ano [para funcionar na rede da Unifique]. À medida que melhorar o números de aparelhos disponíveis que rode em nossa rede, a gente conseguirá um ritmo de venda satisfatório”, afirmou.
Segundo ele, a meta é chegar a 10% de participação de mercado no móvel em 24 meses.
Um modo de acelerar a meta seria utilizar a faixa de 700 MHz que está disponível para uso secundário, e já seria compatível com a maior parte da base de dispositivos atualmente em uso. Mas Busnardo dá a entender que ainda espera definições regulatórias para tomar uma decisão.
“O que está se desenhando é a gente utilizar na secundária. Mas a gente não sabe ainda se vai ser colocada em licitação, que abre a opção de a gente obtê-la. Se ficar com empresa que bidou no leilão passado, abre possibilidade de a gente fazer uma composição para a utilizar a frequência. Não somos dependentes dessa frequência, mas ajudaria nos dois primeiros anos de operação. Seria importante para disponibilizar o 4G aos assinantes e agilizaria nosso processo de entrada neste segmento”, concluiu.