Anatel poderá destinar faixa de 1,5 GHz para celular e serviço industrial

Conforme a proposta do conselheiro Emmanoel Campello a faixa entre 1.427 a 1.518 MHz passará a ser usada pela telefonia celular, banda larga fixa e serviços industriais.

O conselheiro da Anatel Emmanoel Campello apresentou hoje, 2 de julho, a proposta para destinar para novos serviços de telecomunicações a faixa de 1,5 GHz, anteriormente prevista para a banda L do satélite. A proposta não foi votada pelo conselho da agência por pedido de vistas de Vicente Aquino.

Conforme a análise de Campello, a frequência de 1,5 GHz (de 1.427 MHz a 1.518 MHz), que hoje comporta serviços de radio-enlace (SDL) e telemetria (serviço móvel aeronáutico) passaria a ser destinada para o SMP (Serviço Móvel Pessoal, ou celular), SCM (Serviço de Comunicação Multimídia, ou banda larga fixa), STFC (Serviço de Telefonia Fixa) e SLP (Serviço Limitado Privado, ou serviço privado, de uso industrial).

Para evitar a interferência aos sistemas de satélite que ocupam faixas adjacentes a essa, Campello sugere que os últimos 30 MHz desse espectro seja destinado para o serviço privado, sem limitação geográfica ou populacional. Na primeira versão do regulamento à consulta pública, a área técnica propunha que esse uso só se aplicasse em cidades com menos de 30 mil habitantes.

Também, Campello liberou que as operadoras de celular, quando comprarem esse espectro, usem a faixa sem limites geográficos ou técnicas de ocupação (por FDD canais up link e downlink separados) ou TDD (up link e donwlink no mesmo canal de frequência).

Para garantir a proteção aos serviços de satélite, Campello afirmou que deverão ser incorporadas todas as especificações técnicas  que estão sendo delineadas pela UIT (União Internacional de Telecomunicações.

E os serviços da Aeronáutica que hoje usam essa frequência terão a prioridade  até o ano de 2023, depois só poderão ocupar a faixa em caráter secundário.

Leia aqui a proposta apresentada:

Anatel- banda-L

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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