Anatel estuda refarming das bandas A e B na renovação das licenças

Com a renovação da outorga das bandas A e B (faixa de 850 MHz), a Anatel estuda promover um realinhamento dessas frequências, para otimizar a sua ocupação e adequá-la às tecnologias mais modernas.

A publicação do Decreto 10.402/20 esta semana, que regulamentou a lei das teles ( Lei 13.879/19), inicia um novo processo para o estudo de reocupação de frequências, de maneira a tornar mais eficiente para os serviços atuais o uso do espectro radioelétrico brasileiro. A Anatel  estuda alternativas para melhor otimização do espectro, e já pensa em estimular o refarming (reocupação) das bandas A e B (na faixa de 850 MHz), que se tornaram o principal alvo da nova regulamentação, ao assegurar a renovação das atuais licenças.

Segundo Vinicius Caram, superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel,  conforme explicitou o decreto, um dos critérios que a agência deverá considerar para prorrogar as atuais outorgas será o  “uso eficiente do espectro”. E ele assinala que, quando a faixa de 850 MHz foi leiloada, a tecnologia que existia à época era  analógica – AMPS- e foram destinados 12,5 MHz para o up link e outros 12,5 MHz para o downlink. Mas, disse, o espectro acabou ficando “muito picotado”, com ocupações descontinuadas pelas operadoras distintas que compraram as bandas A e B. Ele entende que esse espectro poderia, atualmente, passar por um refarming, visando um realinhamento e melhor prestação dos serviços atuais.

” Podemos pensar em alternativas para otimizar esse  espectro, de forma que ele fique alinhado, com 25 MHz contínuos para os prestadores”, afirmou Caram em Live promovida hoje, 19, pelo Tele.Síntese. 

O presidente do Conselho de Administração da Algar Telecom, Luiz Alexandre Garcia, assinalou que a Anatel sempre liderou, nos fóruns internacionais, o debate sobre alocação de espectro por seu conhecimento técnico, e apoiou a proposta apresentada.

Leia aqui o Decreto 10.402/20

Decreto-frequências

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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