Anatel e governo estudam aporte financeiro para antecipar 4G em distritos
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, afirmou nesta terça-feira, 22, que a autarquia discute com o governo federal alternativas para antecipar a meta de levar 4G a todos os distritos do país – de 2028 para 2026. O novo prazo segue a referência do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pode levar em conta a busca por novos recursos.
“Nós estamos estudando junto ao Ministério das Comunicações e as operadoras como nós podemos antecipar essa cobertura, mesmo que nós tenhamos que fazer algum aporte financeiro”, afirmou Baigorri.
A declaração do presidente da Anatel ocorreu durante audiência pública realizada pela Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, onde apresentou o plano de trabalho da autarquia.
Atualmente, há recursos remanescentes do edital do 4G em programa de infovias e universalização da TV Digital.
Metas
A meta de ampliação do 4G ficou prevista no edital do 5G. No ano passado, o presidente do Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape), conselheiro Vicente de Aquino, já havia afirmado que defendia internamente antecipar as metas previstas no leilão.
Nesta manhã, Baigorri reforçou que o tema está em discussão como forma de atender demandas da população que não está no radar das áreas prioritárias economicamente para as operadoras. “A gente sabe que é difícil chegar para o cidadão que mora lá em União Bandeirantes [distrito de Rondônia], por exemplo, e falar para ele esperar que até 2028 ele vai ter cobertura. As pessoas querem cobertura agora”.
Quanto ao 5G, a cobertura atual chega a 753 municípios. A meta para distritos, segundo Baigorri, é de levar 4G para todos eles, sendo sedes ou não. Já o 5G chegará aos distritos sede até 2028.
Pensando também em viabilizar a conectividade mais rápido que o previsto nos editais, a Anatel e a ABDI devem lançar nas próximas semanas uma parceria para assessorar usuários na contratação de rede. De acordo com Baigorri, a ideia é que a autarquia possa prestar informações regulatórias e a ABDI indicar soluções técnicas.