Anatel aprova novo Fator X e quer acabar com o controle tarifário do interurbano

Em 120 dias os técnicos devem formular proposta para acabar com o controle tarifário do DDD

telefone-fixo-linha-fixa-concessao-foto-de-Aidan-cc-by-20O conselho diretor da Anatel aprovou hoje, 28, o novo cálculo do Fator X –  o índice de produtividade que é aplicado nas tarifas da telefonia fixa. Segundo o conselheiro Leonardo de Morais, a mudança pretende manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.

A principal mudança é que o índice será um mix entre a produtividade de cada operadora e a produtividade média do setor. Essa mudança, explicou Morais, é necessária porque algumas empresas unificaram as suas estruturas e outras não.  A Oi é a única, entre as grandes empresas, que não fundiu suas operações.

As empresas que se incorporaram, como os grupos Telefônica e Claro têm mais produtividade a repassar aos usuários do que aquelas que não o fizeram e, por isso, a agência decidiu mudar a apuração do índice.

Morais  abriu  um novo debate, que é o de instaurar a liberdade tarifária para os serviços locais e de longa distância nacional da telefonia fixa. Em 2013, a Anatel deixou de tarifar as ligações internacionais e mandou que fosse estudada a liberação da tarifas interurbanas.

Estudos que não avançaram. Morais resgatou a proposta, e estabeleceu prazo de 120 dias para que os técnicos façam uma proposta de liberdade tarifária para o DDD e reformulem as mais de quatro mil áreas locais. Para o conselheiro, o ideal é transformar essas inúmera áreas locais (onde entre elas se faz ligação de longa distância nacional) em áreas maiores, a exemplo do que existe no celular.

Na telefonia fia, ao se ligar do Rio de Janeiro para Teresópolis, se faz um interurbano. No celular, essa ligação é considerada local. Na avaliação de Morais, se as áreas locais da telefonia fixa forem agrupadas, a tarifa ficará mais barata e a telefonia fixa pode sobreviver por mais algum tempo.

O fim da tarifa da telefonia local ainda vai depender de estudos mais aprofundados, ressaltou.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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