Anatel ainda não sabe quais escolas serão conectadas com o dinheiro da 5G

A lista de escolas a serem conectadas com o dinheiro do leilão do 5G ainda não está pronta.
Anatel precisa definir escolas a receberem conectividade. Crédito Freepik
Existem R$ 3,5 bilhões para a conexão da escolas. Crédito:Freepik

A lista de escolas a serem conectadas com o dinheiro do leilão do 5G ainda não está pronta. A primeira reunião do Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (GAPE) foi realizada ontem, 26, sob a direção do conselheiro Vicente Aquino.  O grupo é responsável por supervisionar a alocação de R$ 3,5 bilhões  a serem pagos pelas operadoras que compraram frequências de 26 GHz no leilão do 5G para a conexão das escolas públicas brasileiras.

Uma das primeiras atribuições do grupo deve ser a de mapear as unidades públicas de ensino público que não têm acesso à internet para serem contempladas no programa. O Ministério das Comunicações chegou a enviar para a Anatel um primeiro levantamento sobre a situação dessas unidades de ensino, mas constatou-se, na reunião de ontem, que ainda há muito trabalho a ser feito para que se ter informação mais precisa sobre a situação real da conectividade nas escolas brasileiras.

EACE

Assim como no Gaispi, este grupo também não conseguiu avançar na constituição da empresa que vai administrar o dinheiro. A Eace, empresa a ser formada pelas empresas que compraram as frequências de 26 GHz, precisa ser criada formalmente, o que demanda cumprimento de  prazos da burocracia estatal brasileira. Mas a reunião concluiu que a empresa estará pronta para começar a atuar, sem comprometer os prazos estabelecidos.

O Gaispi é o outro grupo constituído para definir a alocação de recursos para as demais obrigações do leilão – construção de rede privativa, limpeza da faixa de 3,5 GHz e distribuição de kits para a nova TV por parabólica, além da rede de banda larga na Região Norte do país – e se reuniu no dia 26 na Anatel, e também ainda não conseguiu formalizar a empresas que vai administrar os mais de R$ 7 bilhões de recursos a serem investidos nas políticas públicas estabelecidas pelo edital.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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