América Móvil apura receitas acima das expectativas, mas tem queda nos lucros
A América Móvil divulgou nesta terça, 24, receitas de serviços no valor de 254,4 bilhões de pesos mexicanos, queda de 3,7% em relação ao mesmo trimestre de 2017, mas acima das projeções do mercado. Em moeda constante, as receitas cresceram 2,1% devido à valorização do peso mexicano.
Os lucros do grupo – que atua em toda a América Latina, Central e alguns países da Europa – chegaram a 18 bilhões de pesos (cerca de US$ 957 milhões). No mesmo período de 17, os lucros somaram 35,855 bilhões de pesos.
O melhor desempenho das receitas se deve ao incremento do número de clientes pós-pagos, principalmente no Brasil (que incorporou 935 mil novos chips) e no México, com mais 181 mil clientes. O número de linhas fixas se manteve estável, com 362 milhões. Os acessos banda larga cresceram 4,8% A/A, com o acréscimo de mais 427 mil clientes no Brasil, México e América Central. A base de TV paga diminuiu 2,4%, com 49 mil desligamentos.
Houve também crescimento nas receitas de dados com pré-pago (mais 11,4%) e de banda larga fixa (mais 5%). O Capex somou 24 bilhões de pesos. Fechou o trimestre com 362 milhões de acessos fixos e móveis. No celular tem 279,1 milhões de clientes, e na banda larga fixa e TV paga outros 83,1 milhões.
O EBITDA do grupo chegou a 71,2 bilhões de pesos mexicanos, praticamente flat A/A, mas, em moeda constante, cresceu 5,9% devido à valorização do peso. A margem ficou em 28%, maior 0,8%.
Separação funcional
O grupo explicou ainda que terá dois anos, a partir de março deste ano, para promover a separação funcional de suas operadoras no México. Embora tenha recorrido à justiça contra a determinação da agência reguladora mexicana, a América Móvil avisa que a resolução é mandatória, e já começou a tomar as providências para cumpri-la. Terá que criar uma nova empresa, independente, subsidiária da Telmex, para oferecer aos demais concorrentes a rede de banda larga no atacado.