Lucro da América Móvil cai 45,2%. Receita cresce com efeito cambial

Grupo controlador da Claro registrou queda na base de assinantes entre abril e junho, em função dos desligamentos no pré-pago da operação brasileira.

America_MovilA América Móvil, empresa dona da Claro, divulgou nesta quinta-feira, 28, o resultado do segundo trimestre. A multinacional registrou aumento de 6,1% nas receitas, em comparação com os mesmos meses de 2015. Em pesos mexicanos, foram 233 bilhões (equivalente a US$ 12,335 bilhões).

O resultado, porém, se deve à revalorização de moedas na América Latina, como o Real, no Brasil. Descontado este fenômeno, a receita deveria ter caído 2,1%. O EBITDA caiu 10,7%, para US$ 3,23 bilhões. O lucro líquido ficou em US$ 407,6 milhões, menor 45,2% que um ano atrás. O endividamento permaneceu estável, em US$ 32,2 bilhões.

O grupo registrou saldo negativo de acessos em função da grande quantidade de desconexões realizadas no pré-pago pela Claro no Brasil. Com isso, passou a ter uma base de 364,5 milhões de acessos, no mundo. O desligamento de chips também resultou em perda de receita em serviços móveis, da ordem de 16,9%. Segundo a companhia, o consumidor do pré-pago está usando seis vezes mais seus aparelhos, mas pagando menos do que pagava em 2015, o que vai obrigar a empresa a acelerar melhorias de rede.

Em compensação, cresceu em 5,9% a quantidade de usuários pós-pagos. De todos os clientes da companhia, 282,9 milhões são de telefonia ou banda larga móvel. O restante se distribui em acessos fixos. Os acessos em banda larga aumentaram em 3,6%. Da receita total da empresa, voz móvel representa 30,6%, dados móveis, 31%. O restante se divide em voz fixa (13,4%), banda larga fixa (15,5%) e TV paga (9,5%).

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Rafael Bucco

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